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Primórdios da Navegação na Baía de Guanabara

Artigo escrito pelo historiador MILTON M. TEIXEIRA
19 DE JULHO DE 2016

Os primeiros navegantes da Baía de Guanabara foram os índios tamoios. Com efeito, relatos dos jesuítas contam que estes navegavam em canoas feitas com cascas de árvores, capazes de transportar cinqüenta pessoas mais armamentos. Essas canoas causaram grande transtorno aos portugueses nos primeiros tempos e, quando Estácio de Sá as enfrentou numa batalha perto do Morro da Glória, foi ferido de morte por flecha perdida, a 20 de janeiro de 1567.

Após a conquista da Baía pelos portugueses, os jesuítas se utilizaram das canoas indígenas por muitos anos. Depois vieram os barcos e faluas portuguesas, conduzidos por escravos. Uma ida ao outro lado da baía demandava umas quatro horas, com tempo bom. No século XVIII, existiam botes que ligavam diversos pontos do litoral da cidade, de Botafogo à Zona Norte. Somente em 1817 o Rei D. João VI concedeu a dois ingleses, William Spencer e Charles Nicoll, o privilégio de exploração do transporte pela Baía de Guanabara em barcas a vapor, iguais a que existiam nos rios Tamisa, Hudson e Sena. Entretanto, na única experiência realizada, a barca afundou perto da Ponta da Armação, em Niterói, e a concessão caducou.

Em 1821 estabeleceu-se um serviço de navegação a vapor entre o Rio e a Praia Grande, com a barca Bragança. Era muito eficiente, e, por algum tempo, também transportou passageiros para Paquetá e Ilha do Governador, mas, quando se deu a Independência do Brasil, D. Pedro I a requisitou em 1823 para transportar tropas para a Guerra de Independência na Bahia. Lá suas máquinas ficaram arruinadas e não foram mais reparadas.

No dia 14 de outubro de 1835 começou, afinal, um serviço regular de barcas a vapor entre o Rio e o outro lado da baía, com três barcas inglesas armadas em iate, da Companhia de Navegação de Niterói, denominadas Praia Grandense, Niteroiense e Especuladora. Possuíam acomodação para 200/250 pessoas e viajavam de hora em hora, das 6 da manhã às 6 da tarde, fazendo a travessia em 30 minutos.

No Rio, o molhe de atracação ficava na Praia de Dom Manuel (hoje Rua de Dom Manuel!), e em Niterói na Rua da Praia, em frente à antiga Rua do Imperador (hoje Marechal Deodoro). No dia 23 de maio de 1844, às 5 horas da tarde, explodiu as caldeiras da barca Especuladora pouco depois de largar do Rio, perecendo no sinistro cerca de 70 pessoas. Após a catástrofe o Governo determinou vistorias mensais nas máquinas de todas as barcas. Somente em 1851 foi comprada nova barca, a Niterói, a qual era muito veloz e fazia o percurso da baía em apenas 22 minutos.Nesse mesmo ano foi fundada a Companhia Inhomirim, que explorava a navegação a vapor entre o Porto das Caixas e Estrela, no interior da baía. Logo depois obteve permissão para estender seus serviços até Niterói, com escala em São Domingos.

Em 1852, as duas empresas se fundiram, surgindo daí a Companhia de Navegação de Niterói e Inhomirim, que explorava múltiplas linhas, com seções para Barreto, Ilhas de Paquetá e Governador, Rio Inhomirim e, ainda, para os bairros de São Cristóvão e Botafogo, no Rio.

A 5 de junho de 1858 o Governo Imperial concedeu ao Dr. Clinton Van Tuyl, ou à empresa que organizasse, privilégio para um serviço de comunicações entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, por meio de barcas a vapor do sistema ferry. Organizada a Companhia Ferry, seu serviço foi inaugurado na manhã de domingo, 29 de junho de 1862, com três barcas norte americanas, providas de grandes rodas, com duas proas e capacidade para 300 pessoas, podendo ainda levar carruagens e seus animais. As barcas eram denominadas de: Primeira, Segunda e Terceira, sendo que a família Imperial tomou assento na Segunda. A barca Primeira se atrasou, pois abalroou um patacho, chocou-se contra um flutuante e quase afunda um escaler. A Segunda, que em verdade foi “primeira”, navegou num mar de rosas, tendo aportado em São Domingos, onde o Imperador foi recebido pelo Presidente da Província, Luís Alves Leite de Oliveira Belo, e outras autoridades. Depois de excursionar por Niterói, D. Pedro II retornou ao Rio na barca Terceira. A Companhia Ferry era tão eficiente que seu concorrente, a Companhia de Navegação de Niterói e Inhomirim não resistiu à competição e suspendeu os serviços em fins de 1865.

Pouco depois, a Companhia Ferry pôs em serviço mais duas barcas: a Quarta e a Quinta, e, mais tarde, a Sexta e a Sábado, estendendo o horário do serviço até às 11:30h da noite.

Em 1870 surgiu a Empresa Fluminense, fundada por Carlos Fleiuss, mas logo depois foi vendida para a Companhia Ferro-Carril Niteroiense, sendo afinal absorvida pela Companhia Ferry em junho de 1877. Com mais barcas, a companhia estendeu seus serviços até a Ilha de Paquetá. A 1o. de outubro de 1889, ela se incorporou à Empresa de Obras Públicas no Brasil, organizando-se então, a Companhia Cantareira e Viação Fluminense, com a finalidade de explorar, não só a navegação a vapor na Baía de Guanabara, como os serviços de abastecimento d`água e de bondinhos de burro em Niterói. Teve longa vida essa companhia, sendo apenas extinta na década de 1950.

Por ocasião da Revolta da Armada na Baía de Guanabara, em 1893/4, a barca segunda foi afundada por um tiro de canhão, ficando suspensos os serviços marítimos por quase seis meses. Aproveitou a Companhia para reformar as barcas e dota-las de luz elétrica. Um defeito nesse sistema ocasionou um grande incêndio na barca Terceira, ao anoitecer do dia 6 de janeiro de 1895, próximo a São Domingos, perecendo no sinistro 80 pessoas.

Outro grande incidente ocorreu na tarde do dia 26 de outubro de 1915, quando a barca Sétima (a sábado já havia sido retirada de serviço) afundou ao bater num recife submerso. Na ocasião, ela transportava 328 alunos do Colégio Salesiano de Santa Rosa, Niterói, matando 7 estudantes de doze a quinze anos e um seminarista, o professor Otacílio Nunes.

Em 1958, a Companhia Cantareira e outras foram adquiridas pela Família Carreteiro, proprietária da Frota Barreto, a penúltima empresa particular que operou o transporte de massa entre o Rio e Niterói. A queda de qualidade dos serviços da Frota Barreto motivou grande revolta popular em 1959, quando a antiga estação hidroviária de Niterói foi incendiada e depredadas várias barcas, em tumultos que duraram alguns dias.

Depois da revolta, houve uma intervenção federal na empresa que durou cinco anos, após o que os transportes marítimos de massa pela baía foram estatizados e mantidos pelo Serviço de Transportes da Baía de Guanabara (STBG), depois CONERJ, até que a 12 de fevereiro de 1998 o controle acionário

passou para um grupo de empresas privadas pelo prazo de 25 anos renováveis, surgindo daí a empresa BARCAS S/A, a qual, presentemente, opera cinco linhas, com quinze lanchas, dois catamarãs e quatro barcos; possuindo quatro estações, pelas quais passam em média 70 mil 

passageiros/dia.

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Calçadão de Bangu

Com o final das atividades da fábrica, Bangu passou a ter uma vocação comercial forte: seja no shopping ou no calçadão, atrai até quem vive em outros bairros. O comércio popular de Bangu recorre a sistema de climatização, escadas rolantes e uma cobertura para amenizar o calor da rua.

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Arco do Teles: uma passagem pela história da cidade

Construído no século XVIII, para ligar a antiga Praça do Carmo, hoje Praça XV, à Rua da Cruz, atual Rua do Ouvidor, o Arco do Teles fazia parte da residência da família Teles de Menezes, proprietária dos prédios no local. Daí o nome.

O Arco do Teles, o último de todos os arcos que existiram na cidade, foi construído pelo engenheiro militar José Alpoim

Na época dos vice-reis, o Arco já era frequentado por muita gente. Principalmente pelos quem iam prestar devoção à Nossa Senhora do Prazeres, cuja imagem existia em um nicho no seu interior. O Arco do Teles foi o que restou do conjunto arquitetônico, após um incêndio no dia 20 de julho de 1790, o incêndio destrói as construções ali existentes em 1790, quando se perderam importantes documentos do Senado da Câmara, que funcionava ali. A reconstrução foi imediata e ainda preservou um dos monumentos mais expressivos da arquitetura colonial presente no sítio do antigo Terreiro do Paço e influência portuguesa no Rio.

Entre os papéis perdidos estavam toda a documentação referente aos primórdios da cidade, inclusive os recibos e cobranças de foros (algo parecido com o IPTU) e os registros gerais de imóveis.

Hoje, andar pelo Arco do Teles, seguindo a Travessa do Comércio, é fazer uma viagem no tempo. É sentir um pedacinho do Brasil Imperial, mas repleto de bares e restaurantes com suas fachadas preservadas. O local é exclusivo para pedestres, remetendo ao calçamento antigo feito com pedras.

Cruzar o Arco do Teles, seja durante a semana para realizar alguma tarefa do dia a dia, ou para comer em um restaurante local, ou num final de semana para caminhar pela história do Rio , da nossa Cidade Maravilhosa.

Agora, já os foliões do bloco de Carnaval “Boitatá”é quem sabem aproveitar o clima do Local, ao reviverem todos os anos esse “Rio antigo”, quando saem para o desfile na cidade do Arco do Teles com marchinhas e fantasias do passado.

Posso afirmar, que o a Região do Arco do Teles, é um dos melhores endereços para se marcar um “happy hour”, o Arco do Teles agrada a cariocas e turistas. Um lugar para se beber, comer, bater papo e ouvir boa música, tendo a história da cidade como cenário.

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O Pico da Pedra do Ponto

O Pico da Pedra do Ponto, erroneamente chamado de Pico da Pedra Branca tem 938 metros, e fica na Serra de Bangu. De lá podemos ver toda a cidade do Rio de Janeiro.

Pico da Pedra Branca é o mais alto do Rio com 1024 metros,

para efeito de comparação o Corcovado onde está o Cristo Redentor tem 710 metros.

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Teatro Mario Lago

Situado na Vila Kennedy, em Bangu, na zona oeste do Rio, o Teatro Mário Lago oferece programação para a comunidade voltada para cursos e oficinas. Também promove shows de música e espetáculos teatrais.

A maioria das apresentações, em espaço com capacidade para 310 lugares, é gratuita. Há distribuição de senhas 30 minutos antes do evento.

Endereço: Rua Jaime Redondo, 2, Bangu – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2405-5466

Horário de Funcionamento:De seg a sex, das 9h às 20h; sáb e dom, os horários dependem da produção do espetáculo
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Dia de Minas Gerais

Em meados do século XVII, bandeirantes paulistas e baianos entraram no que é hoje o território Mineiro em busca de ouro.

A partir de então, começaram a surgir as primeiras povoações em Minas Gerais.

Em 1660 surgiu o primeiro povoamento mineiro, que é hoje a cidade de Matias Cardoso, no Norte de Minas.

Em 1664 foi criado o segundo povoado, sendo hoje a cidade de Ouro Branco.

Em 1665 um pequeno arraial deu origem ao que é hoje a cidade de Sabará.

Em 16 de julho de 1696, o bandeirante Salvador Fernandes Furtado de Mendonça se instala com sua tropa as margens de um ribeirão. Por ser aquele dia dedicado à Nossa Senhora do Carmo, o ribeirão recebeu o nome de Ribeirão do Carmo. Logo descobriram ouro nas proximidades do ribeirão, e a bandeira se efetivou no local, criando uma vila que rapidamente prosperou, sendo reconhecida como cidade em 1745. Foi a primeira cidade ser criada no então território mineiro. Os anteriores eram povoados.

Mariana é conhecida como “berço da civilização mineira”, foi a 1ª capital (1709), a vila (1711), a 1ª sede de bispado (1745) e a 1ª cidade de Minas Gerais (1745).

Devido a importância histórica, econômica e cultural de Mariana, a data de surgimento do povoado em 16 de julho de 1696, é considerada o pioneirismo da formação arquitetônica, cultural, econômica e social do povo e estado mineiro. Sendo reconhecido como a data de surgimento oficial, de Minas Gerais.

No ano de 1979 foi instituído pela Lei nº 561, o dia 16 de julho, como sendo o dia “Dia de Minas Gerais”, sendo comemorado oficialmente a partir de 1979.

Além de ser o Dia de Minas Gerais, 16 de julho é também aniversário de fundação de Mariana e o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do município.

Nesse dia, todos anos anos, a Capital Mineira é transferida simbolicamente para Mariana onde o Governador e Secretários despacham e participam de solenidades diversas ao longo do dia.

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Dia Mundial do Turismo

O Dia Mundial do Turismo é celebrado todo dia 27 de setembro desde 1980. A data foi estabelecida pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em comemoração ao aniversário de uma década do Estatuto da Organização Mundial do Turismo, e tem como principal objetivo ressaltar a importância econômica, social e cultural dessa atividade.

Este dia visa mostrar a importância do turismo e do seu valor cultural, económico, político e social, através de iniciativas realizadas em vários países do mundo.

Tema

“O objetivo do Dia Mundial do Turismo é ressaltar a importância dessa atividade em seus mais diferenciados aspectos sociais, culturais e econômicos. Mais recentemente, discute-se também o papel das atividades turísticas na promoção do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, todos os anos, a OMT leva atenção a um tema específico, com o intuito de explorar as diversas facetas do turismo e a sua relevância no mundo atual.

Para que possamos ter uma dimensão de como as atividades associadas ao turismo reverberam na vida cotidiana, no desenvolvimento econômico de uma determinada localidade e sobretudo na natureza, basta vermos alguns dos últimos temas atribuídos ao Dia Mundial do Turismo”

Os tema dos anos anteriores foram:

  • 2021:  “Turismo para o Crescimento Inclusivo”
  • 2020: ” Turismo para o Desenvolvimento Rural
  • 2019: “Turismo para a Geração de Empregos
  • 2018: “Turismo e a transformação digital”
  • 2017: “Turismo Sustentável: um instrumento a serviço do progresso”
  • 2016: “Turismo para Todos – promover a acessibilidade universal”.
  • 2015: “Turismo e Desenvolvimento Comunitário”
  • 2014: “Turismo e Desenvolvimento Comunitário”
  • 2013: “Turismo e Água: Proteger o Nosso Futuro Comum”

Origem da data

“O Dia Mundial do Turismo foi estabelecido pela Organização Mundial do Turismo (OMT), agência especializada das Nações Unidas, e a sua celebração teve início no ano de 1980. O dia 27 de setembro foi escolhido por representar a data de adoção do Estatuto da Organização Mundial do Turismo, que se deu dez anos antes, em 27 de setembro 1970.

A decisão foi tomada no âmbito da terceira reunião da Assembleia Geral da OMT, que aconteceu na cidade de Torremolinos, na Espanha, no ano de 1979. De acordo com a própria organização, além dessa data marcar o aniversário do principal documento balizador das atividades da OMT, ela é significativa por indicar o final da alta temporada de turismo no Hemisfério Norte e também o início da alta temporada no Hemisfério Sul.

Importância do turismo

“O turismo é considerado uma atividade econômica alocada no setor terciário da economia. Estudos recentes mostram como essa prática tem ganhado cada vez mais espaço nas economias locais, uma vez que o turismo envolve tanto os estabelecimentos e serviços diretamente associados a ele, como de hotelaria e transporte, quanto outras cadeias produtivas e de serviços locais, a exemplo de restaurantes e lojas. Sendo assim, o turismo é muito importante para a geração de receita para uma determinada localidade, movimentando diversos setores e atividades da economia, além de contribuir com a geração de empregos.

A importância do turismo reside também na conservação de espaços e monumentos históricos e na criação de infraestrutura física e realização de melhorias naquelas já existentes, como ruas, parques, avenidas, praças e canteiros. Isso fomenta a recepção de viajantes e pode beneficiar, por extensão, a população que vive em áreas ou cidades turísticas.

Do ponto de vista do indivíduo, a prática do turismo permite o conhecimento de novos lugares, o contato com culturas diferentes e a imersão em contextos sociais que distam daquele com o qual estamos habituados, contribuindo em muito para a formação e desenvolvimento pessoal.”

Turismo no Brasil e no mundo

Enquanto atividade econômica, o turismo tem apresentado expressivo crescimento nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no mundo. A sua participação direta na composição do Produto Interno Bruto (PIB) mundial é de 3,3%, ao passo que as atividades turísticas e todas as demais que elas movimentam somam uma expressiva fatia de 10,4%.

A OMT contabilizou, para o ano de 2019, um total de 1,5 bilhão de chegadas em todo o mundo. Esse movimento foi duramente afetado pela pandemia da covid-19, assim como o setor turístico como um todo. De acordo com a OMT, as chegadas encolheram em 86%. O continente em que houve maior retração do setor foi o asiático.

Levando em consideração os principais destinos turísticos mundiais, têm destaque as cidades e países da Europa, notadamente a França e a sua capital, Paris, e Londres, na Inglaterra. A Ásia é também um dos continentes mais visitados do mundo, com intenso fluxo de turistas em Hong Kong, Bangkok (Tailândia), Macau (China) e Singapura.

O Brasil recepciona somente 0,5% dos turistas do mundo, sendo mais comum no país o turismo doméstico, isto é, aquele realizado pelos próprios brasileiros de um local a outro dentro do território nacional. Os estados do Sudeste são aqueles que mais recebem e de onde partem os visitantes; em segundo lugar, está a região Nordeste. Já os turistas estrangeiros vêm sobretudo da América do Sul – de países como Argentina, Paraguai e Chile – e dos Estados Unidos. Os destinos favoritos são Rio de Janeiro e Búzios (RJ), Florianópolis (SC), Foz do Iguaçu (PR) e São Paulo (SP).

História do turismo

Viagens e deslocamentos temporários de pessoas sempre fizeram parte da história da humanidade. Em função disso, é difícil determinar o surgimento, de fato, do turismo enquanto prática recreativa. Ainda assim, o inglês Thomas Cook é referenciado como o pioneiro das agências de viagem, tendo criado o seu próprio estabelecimento no início do século XIX e, em função disso, recebendo a alcunha de pai do turismo moderno.

Fachada da empresa criada por Thomas Cook no século XIX.

Pesquisadores da área reportam, entretanto, que as viagens turísticas são registradas pelo menos desde o Antigo Egito, quando as pessoas visitavam outros locais com o propósito de acompanhar grandes eventos ou mesmo por questões de lazer, religiosas ou para conhecer novos lugares. Na Grécia Antiga, por sua vez, tem-se nos primeiros Jogos Olímpicos um dos principais atrativos turísticos que motivaram um intenso fluxo de visitantes ao país |1|.

Notas

|1| NAKASHIMA, S. K; CALVENTE, M. del. C. M. H. A História do turismo: epítome das mudanças. Turismo & Sociedade (ISSN: 1983-5442). Curitiba, v. 9, n. 2, p. 1-20, maio-agosto de 2016. Disponível aqui. Acesso em 24 abril 2021.

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

GUITARRARA, Paloma. “27 de Setembro — Dia Mundial do Turismo”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-turismo.htm. Acesso em 19 de maio de 2022.

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Dia do Turista no Brasil

Dia do Turista é comemorado em 13 de junho no Brasil.

Esta data é destinada a homenagear as pessoas que gostam de viajar para conhecer diferentes lugares, seja no Brasil ou ao redor do mundo.

Epara comemorar o seu dia, você acaba de Ganhar um Cupom Desconto.

Os turistas são fundamentais para ajudar a movimentar a economia da região turística, por este motivo é importante que os locais invistam em infraestrutura adequada para receber vocês os viajantes.

Durante esta data, o Ministério do Turismo do Brasil alerta aos viajantes sobre algumas medidas básicas que devem tomar enquanto estão em férias. Entre as principais informações estão dicas sobre os direitos do cidadão em relação aos transportes, bagagens, hospedagens, etc.

O turista deve ser responsável e deixar uma boa impressão no local que visitará. Por isso é sempre bom lembrar algumas dicas:

  1. Respeite as regras de vestimenta e horários locais;
  2. Arrisque-se: viaje para lugares menos óbvios e, se possível, fora da alta temporada;
  3. Prestigie o comércio e produção local comprando e comendo produtos da região;
  4. Tire fotos, mas não fique somente tirando fotos.
  5. Aprenda algumas frases de cortesia do idioma local

Curta o momento e boa viagem!

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Muhcab

Muhcab exibe grafite ‘Mural das Lutas Afro-brasileiras’, com verdades sobre a escravidão e abolição no Brasil.

Espaço dedicado a pensar a história da escravidão, buscando reflexões sobre a complexidade do tema e suas consequências na atualidade, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), da Secretaria Municipal de Cultura, inaugura o “Mural das Lutas Afro-brasileiras”, um grafite da pela Cia Teatral Queimados Encena, de Queimados, feito com recursos da Secretaria de Estado de Cultura (edital Rua Cultural). Assinam este trabalho três grafiteios: Cazé (Negro Muro), Juliana Fervo e Kajaman, que iniciaram a obra no Muhcab e terminaram na Praça Brinx, no Morro da Providencia. São 100m2, sendo 70m2 no Muhcab e 30m2 na Providência.

Idealizado por Leandro Santanna, diretor do Muhcab, para ser mais uma frente do educativo do museu e discutir o processo escravagista e de abolição no país, o “Mural” traduz lutas e revoltas que ocorreram no país. A pesquisa é de Rajão Negro Muro, e a curadoria, de Mariana Maia.

“Para que a gente conseguisse a libertação. Os artistas criaram cenas e personagens importantes neste processo, como por exemplo a Revolta dos Malês e uma revolução em Paraty, com Manuel Congo e Marianna Crioula, celebrando a imagem e a memória de heróis e heroínas que lutaram pela conquista da liberdade no Brasil”, diz.

O projeto contribui para a educação das relações étnico-raciais através de uma importante revisão de nossa história e tecendo maior sentimento de representatividade nas populações afrodescendentes. Verdades sobre a escravidão e abolição no Brasil.

Muhcab: Rua Pedro Ernesto 80, Gamboa.
Qui a sáb, das 10h às 17h. Grátis.
Livre.

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31 de Outubro | Viva o Folclore Brasileiro

OPINIÃO NESSE 31 DE OUTUBRO

Já há bastante tempo que eu nao opino sobre o que as pessoas dizem ou acham. A vida se tornou tão intensa e o tempo é pouco para lavar minhas roupas e o que dirá sobre me meter na vida das pessoas . Mas nesse 31 de Outubro uma coisa esta chamando minha atençao ! O numero expressivo de pessoas que estao opinando sobre o Halloween ou o Dia das Bruxas .

Tenho como lema uma frase que ouvi quando era adolescente e veio de um filme antigo chamado Herald & Maude ( Ensina-me Viver de 1971) . Ele tratava do romance entre um rapazola e uma velhinha octogenária e no final ficou uma frase na minha mente que diz : ” VIVA E DEIXE VIVER “

E dessa forma, eu pauto hoje minha vida, me abstendo de comentar o que fulano ou ciclano faz da sua . Mas, particularmente acho que nao ha nada de errado a tradiçao do Dia das Bruxas, tao amplamente celebrado no Hemisfério Norte e nos paises de lingua inglesa, penetrar no Brasil e acho meio sem sentido os Brasileiros tentarem empurrar a comemoração do Dia do Saci sobre o Halloween , como se isso fosse um gesto de Patriotismo …

Penso, que na realidade exista espaço para todo mundo e podemos muito bem escolher uma data para comemorarmos nossos monstros como o Saci Pererê, a Mula sem Cabeça, o Curupira, o Boitatá e tantos outros que ate hoje nao demos muita atenção, lembrando que esses temas sao amplamente curiosos e ate de teor turístico cultural.

Alguns deles :

1) Boitatá
Foram encontrados relatos do Boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560, como uma lenda indígena que descreve uma cobra de fogo de olhos enormes ou flamejantes. Para os índios ele é “Mbaê-Tata”, ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. A narrativa varia muito de região para região. Único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra, o Boitatá escapou entrando num buraco e lá ficando, no escuro, motivo pelo qual seus olhos cresceram.

2) Cobra-grande ou Boiuna
A boiuna, ou cobra-grande, é um mito amazônico de origem ameríndia. Serpente lendária da Região Norte, que mora entre as rochas dos rios e lagoas, de onde sai para afundar barcos. Quando ela sai das rochas, troveja, lança raios e faz chover. Também pode imitar as formas das embarcações, atraindo náufragos para o fundo do rio.

3) Curupira
Também conhecido como Caipora, Caiçara, Caapora, Anhanga ou Pai-do-mato, todos esses nomes identificam uma entidade da mitologia tupi-guarani, um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos vermelhos e compridos, e com os pés virados para trás, que fazem se perder aqueles que o perseguem pelos rastros. Monta num porco do mato e castiga todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

4) Cuca
Diz a lenda que era uma velha feia com forma de jacaré, que rouba as crianças desobedientes. A figura da Cuca tem afinidades funcionais com a do Bicho-papão e do Velho do saco, seres medonhos a quem alguns pais ameaçam entregar as crianças rebeldes.

5) Macaxeira
Um mito indígena que tem seu princípio na menina Mara, filha de um cacique, que vivia sonhando com o amor e um casamento feliz. Certa noite, adormeceu e sonhou com um jovem loiro e belo que descia da Lua e dizia que a amava.

6) Mapinguari
Monstro que ainda hoje aterroriza os moradores da floresta na região amazônica. Segundo as descrições o Mapinguari é uma criatura parecida com um macaco, mais alto que um homem, de pelo escuro, com grande focinho que lembra o de um cachorro, garras pontiagudas, uma pele de jacaré, um ou dois olhos e que exala um forte mau cheiro. Segundo o índio Domingos Parintintin, líder de uma tribo, ele só pode ser morto com uma pancada na cabeça. Mas há grande risco, pois a criatura tem o poder de fazer a vítima ficar tonta e”ver o dia virar noite”.

E SE as pessoas acham que a Mula sem Cabeça, o Saci sao lendas genuinamente do Brasil, segundo os especialistas nao sao . Sao de origem europeia, como segue:

1) Mula sem cabeça
Lenda hispânico-portuguesa, cuja versão mais corrente é a de uma mulher, virgem ou não, que dormiu com um padre, pelo que sofre a maldição de se transformar nesse monstro em cada passagem de quinta para sexta-feira, numa encruzilhada. Outra versão fala que se nascesse uma criança desse amor proibido, e fosse menina, viraria uma mula sem cabeça; se menino, seria um lobisomem

2) Saci Pererê
Provável importação portuguesa, relatado primeiramente na Região Sudeste, no século XIX. O Saci Pererê é um menino negro de uma perna só, e, conforme a região, é um ser maligno, benfazejo ou simplesmente brincalhão.
Está sempre com seu cachimbo, e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.
A lenda também diz que o Saci se manifesta como um redemoinho de vento e folhas secas, e pode ser capturado se lançarmos uma peneira ou um rosário sobre o redemoinho.
Se alguém tomar-lhe a carapuça, tem um desejo atendido. Se alguém for perseguido por ele, deve jogar cordões enozados em seu caminho, pois ele vai parar para desatar os nós, permitindo que a pessoa fuja. Às vezes se diz que ele tem as mãos furadas na palma, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos.
Há uma versão que diz que o Caipora é seu pai.
Os tupinambás tinham uma história afim, uma ave chamada Matita-perera, que com o tempo, passou a se chamar Saci-pererê, deixando de ser ave para se tornar um caboclinho preto e perneta, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas.

3) Lobisomem
Lenda que aparece em várias regiões do mundo, falando da desgraça de um homem que tem sua natureza humana fundida com a de um lobo periodicamente, sob influência da Lua cheia. Nesta condição ele é uma criatura feroz que ataca pessoas. Ele pode ser o resultado de um pacto de alguém com as forças do mal, ou nasceu na condição de sétimo filho homem de seus pais

4) Corpo-seco
Um homem muito cruel, que surrava a própria mãe. Ao morrer, foi rejeitado por Deus e o Diabo. Não foi enterrado, porque a própria terra, enojada, vomitou seu corpo. Assim, perambula por aí, com o corpo todo podre, ainda cheio de ódio no coração, fazendo mal a todos os que cruzam o seu caminho. Há relatos desta lenda nos estados de São Paulo, Paraná, Amazonas, Minas Gerais e na região Centro-Oeste

E QUANTO AO HALLOWEEN … É o Dia das Bruxas é uma celebração observada em vários países, principalmente no mundo anglófono, em 31 de outubro, véspera da festa cristã ocidental do Dia de Todos os Santos. Ela começa com a vigília de três dias do Allhallowtide, o tempo do ano litúrgico dedicado a lembrar os mortos, incluindo santos (hallows), mártires e todos os fiéis falecidos.

Acredita-se que muitas das tradições do Halloween originaram-se do antigo festival celta da colheita, o Samhain, e que esta festividade gaélica foi cristianizada pela Igreja primitiva. O Samhain e outras festas também podem ter tido raízes pagãs. Alguns, no entanto, apoiam a visão de que o Halloween começou independentemente do Samhain e tem raízes cristãs.

Entre as atividades de Halloween mais comuns estão festas e fantasia, praticar “doce ou travessura”, decorar a casa, fazer lanternas de abóbora, fogueiras, jogos de adivinhação, ir em atrações “assombradas”, contar histórias assustadoras e assistir filmes de terror. Em muitas partes do mundo, as vigílias religiosas cristãs de Halloween, como frequentar os cultos da igreja e acender velas nos túmulos dos mortos, permanecem populares, embora em outros lugares seja uma celebração mais comercial e secular. Alguns cristãos historicamente se abstém de carne no Dia das Bruxas

VIVA E DEIXE VIVER !

TEM ESPAÇO PARA TODO MUNDO !

Texto retirado da Internet: https://www.facebook.com/claudioprado.demello.3