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Calçadão de Bangu

Com o final das atividades da fábrica, Bangu passou a ter uma vocação comercial forte: seja no shopping ou no calçadão, atrai até quem vive em outros bairros. O comércio popular de Bangu recorre a sistema de climatização, escadas rolantes e uma cobertura para amenizar o calor da rua.

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Bangu: o centro geográfico do Rio de Janeiro

Por Luís Alberto Prado  

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Um bairro populoso e de vasta extensão territorial, Bangu é o centro geográfico da cidade do Rio de Janeiro. Localizado na Zona Oeste do município, é um dos bairros mais populosos, com 243.125 habitantes (segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Censo 2010), distribuídos numa área de aproximadamente 46 quilômetros quadrados. Faz vizinhança com Campo Grande, Santíssimo, Senador Camará, Realengo, Padre Miguel e Gericinó, além dos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis.

Nos anos 40, uma Bangu urbanizada despontava como um dos bairros de maior progresso do subúrbio carioca, trazendo à cidade modismos, expressões, lições de elegância e até saudosos desfiles de misses que encantavam o Brasil, símbolos de uma era de glamour para todo o Rio de Janeiro. Mas o bairro também se organizava economicamente: em fevereiro de 1968, era fundada a Associação Comercial e Industrial da Região de Bangu (Acirb), atualmente denominada Associação Comercial e Empresarial da Região de Bangu (Acerb).

Apesar disso, Bangu cresceu com a vocação e as características de um bairro proletário, onde os primeiros patrões foram os ingleses. Foi planejado para funcionar atendendo a Companhia Progresso Industrial do Brasil (Fábrica de Tecidos Bangu), que por muito tempo exportou a marca Bangu para todo o mundo.

No início do século XX, a população aumentava, novas ruas eram abertas e a urbanização da região prosseguia. Contudo, na década de 1930, muitos proprietários investiam na produção e exportação de laranjas, cuja lavoura se espalhava pelos sítios vizinhos, desde o Maciço de Gericinó até a Serra de Bangu. Em 1933, a Light passou a distribuir energia elétrica na região.

Moradores ilustres

Bangu também teve seus moradores famosos. Alguns nomes se destacam, como os jogadores de futebol Garrincha – o “anjo das pernas tortas” –, Domingos da Guia, Ademir da Guia e Vagner Love, o cantor Wander Pires e o escritor José Mauro de Vasconcelos.

Muito além dos personagens que ultrapassaram as fronteiras de Bangu, o bairro também é bastante conhecido pelas altas temperaturas, que no verão ultrapassam os 40°C. Por esse motivo é considerado o lugar mais quente do Rio de Janeiro. Até hoje, o recorde oficial de menor temperatura já registrada na cidade deu-se no Campo dos Afonsos (4,8°C), em julho de 1928, e o de maior havia sido em Bangu (43,1°C), em janeiro de 1984. Mas essa marca foi ultrapassada recentemente, no dia 26 de dezembro de 2013, atingindo 43,2°C em Santa Cruz.

Para tentar aplacar o conhecido calor do bairro, o morador pode se refrescar no Calçadão de Bangu, que oferece cobertura climatizada – projeto concebido pelo poder público para facilitar o acesso da vizinhança às duas principais avenidas do bairro e à estação de trem. São duas linhas de distribuição e aspersão sob coberturas metálicas, com um total de 800 bicos de microaspersão, com funcionamento contínuo e simultâneo.

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Casino Bangu

Fundado em 1892, foi sede da antiga Sociedade Musical Progresso de Bangu e esteve abrigado em edifício construído pela fábrica na Rua Ferrer n° 127 – atual Rua Cônego de Vasconcelos. Em 1929, uma briga judicial devolveu o imóvel à fábrica, e o Casino acabou fixando sua sede na Rua Fonseca, n° 534, onde permanece até os dias atuais.