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CAPELA DE ENGENHO INSPIRA O NOME DE SANTÍSSIMO

Santíssimo é um bairro da Zona Oeste do Rio, que foi criado por decreto em 1981 e está localizado no meio do Parque Estadual da Pedra Branca, entre a Serra do Lameirão e a Avenida Brasil. Faz divisa com os bairros de Senador Vasconcelos, Senador Camará, Bangu e Campo Grande, e tem uma geografia bastante acidentada, formada por morros e pequenos vales.

Boa parte do contingente populacional de Santíssimo vive em comunidades carentes do Complexo da Fazenda Coqueiro – o mais extenso conjunto de favelas do Rio (a maioria localizada em Senador Camará), de acordo com informações do Portal Geo do Instituto Pereira Passos. A região hoje ocupada pelo bairro já conheceu, contudo, períodos de prosperidade. Um deles foi na primeira metade do século XX, quando ali havia vários galpões de beneficiamento de laranja para exportação. Naquela época, a região de Santíssimo pertencia a Campo Grande, que chegou a ser conhecida como Citrolândia, por sua extensa área de plantação de laranjais.
Naqueles tempos, Santíssimo já contava com a infraestrutura do ramal de Santa Cruz, da Estrada de Ferro Central do Brasil. Sua estação havia sido inaugurada, em 1890, com o nome de Coqueiro, em alusão à fazenda, pertencente a Manuel de Antunes Suzano, que deu origem ao povoamento da área. Era em terras contíguas às da Fazenda Coqueiro que estava localizado o Engenho do Lameirão, onde se situava a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, cuja história inspirou o atual nome do bairro. É que, em 1750, a capela ganhou permissão para manter as hóstias do Santíssimo Sacramento em um sacrário. O fato levou a população daquela época a se referir à região como a da Capela do Santíssimo.
HISTÓRIA DO BAIRRO
As terras hoje ocupadas pelo bairro de Santíssimo pertenceram, inicialmente, à sesmaria de Irajá, concedida a Antônio de França, no século XVI, logo após a fundação da cidade por Estácio de Sá. Era a maior sesmaria do Rio de Janeiro, mas foi desmembrada em 1673 e doada a Manoel Barcelos Domingos, dando origem à jurisdição que, no século XVIII, foi batizada de Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. As atividades que se desenvolveram em toda essa região eram relacionadas à plantação de cana-de-açúcar e produção de rapadura, álcool e aguardente. Foi nesse contexto que nasceu o Engenho do Lameirão, também de propriedade de Manuel de Antunes Suzano, onde ficava a Capela do Santíssimo.
Na época, o escoamento dos produtos fabricados na fazenda e no engenho era feito pela Estrada dos Jesuítas, assim chamada porque foi construída, no século XVII, por essa ordem religiosa. Posteriormente, o caminho foi rebatizado de Estrada Real de Santa Cruz, que ia até São Cristóvão e se interligava com outros caminhos, que chegavam até pequenos portos da Baía de Guanabara e ao centro da cidade do Rio de Janeiro.
Foi no século XVIII que as primeiras mudas de café chegaram à região. No início do século seguinte, a cafeicultura já despontava na Serra do Lameirão. O crack da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e o fim da República Velha “decretaram” o fim da já decadente atividade cafeeira da região, que, com o boom da citricultura em Campo Grande, se beneficiou da abertura de galpões de beneficiamento de laranja. Com o fim de mais esse ciclo econômico, Santíssimo se transformou, praticamente, em um bairro-dormitório.
Texto original : Márcia Pimentel
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Adutora Veiga Brito

Adutora Veiga Brito

O Aqueduto do Catonho é a parte visível da Adutora Veiga Brito ou Túnel do Lacerda, antes Adutora do Guandu, considerada a “obra do século” e tinha como perspectiva abastecer a população até o ano 2000.

 

Seu percurso tem aproximadamente 34 Km com partes escondidas e outras expostas, iniciando na Elevatória do Lameirão (Santíssimo), cruzando o Jardim Sulacap e outros bairros, até o Jardim Botânico. A Adutora supera os 13,2 Km da Ponte Rio-Niterói.

Das três pontes-canais, a maior é a do Catonho, com 246 metros de extensão e um declive de 0,84 metros. A ponte da Cachoeira tem 164 metros e a do Governo (Realengo) tem 205 de extensão. Após o Catonho, o aqueduto segue em direção a Praça Seca, indo pelo subterrâneo até o Jardim Botânico.

Nos anos 60, toda a população sofria. Uma bomba d’água foi colocada para abastecer as ruas mais altas. Aliás, não só os moradores do Jardim Sulacap, mas os cariocas em geral sofriam com a falta de água. Hoje em dia, 97,33% dos moradores possui serviço de abastecimento de água adequado em Jardim Sulacap, segundo IBGE de 2010.

O Corvo, como o governador Carlos Lacerda era chamado por alguns, foi acusado na época de acelerar a obra a fim de “render dividendos eleitorais”. No Jardim Sulacap, o governador inaugurou a “fase terminada da obra” do Aqueduto do Catonho em 1965.

Aqueduto Veiga Brito – Uma das maiores obras de seu tempo o aqueduto faz parte da importante rede que abaste a cidade do Rio de janeiro e cruza parte do Parque Estadual da Pedra Branca.

Essa Adutora, é em sua maior parte subterranea, ou encravada em montanhas sendo visivél somente em Senador Camará (Viegas), no Realengo (Barata) e no Catonho.

Referências

CORREIO DA MANHÃ. Obra do século. Rio de Janeiro, 1963. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_07&pagfis=90608&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader#

PASSOS, Carlos Eduardo Lima. Consumo de água e tarifa social em áreas de baixa renda… Dissertação de mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://www.peamb.eng.uerj.br/trabalhosconclusao/2010/CarlosEduardoLimaPassosPEAMB_2010.pdf

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BR-101 vai de Norte a Sul do Pais

A BR-101 é uma rodovia longitudinal brasileira que tem início no município de Touros, no estado do Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul. A BR é um dos principais eixos rodoviários do país com 4.650 km de extensão.

começou a ser Construída em 1950 e passa por doze estados através do litoral brasileiro.          Um dos Trechos e Urbano é compreendido pela Avenida Brasil com 58 km e corta 26 bairros da cidade do Rio. só no Estado do Rio de Janeiro a  BR tem cerca de 599 km de extensão, ela vai da divisa com o ES ao norte e na Divisa com SP ao Sul. É a mais extensa rodovia federal dentro do estado do Rio de Janeiro.