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Mosteiro de São Bento

⛪ Fundado em 1590 por monges vindos da Bahia, o Mosteiro Beneditino do Rio de Janeiro foi construído a pedido dos habitantes da recém-fundada cidade de São Sebastião.

🙏🏻 Em pleno centro da grande metrópole, conserva-se como um lugar de silêncio e oração. A visita é restrita à Igreja Nossa Senhora de Montserrat, anexa ao Mosteiro.

Detalhes como o portão em ferro art nouveau e os altares em jacarandá cobertos por ouro são impressionantes.

De segunda a sexta, às 7h30, são realizadas missas solenes com canto gregoriano, que também acontecem aos sábados, às 8h, e aos domingos, às 10h.

🎯 O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro fica na Rua Dom Gerardo, 68 – Centro.

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Bangu: o centro geográfico do Rio de Janeiro

Por Luís Alberto Prado  

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Um bairro populoso e de vasta extensão territorial, Bangu é o centro geográfico da cidade do Rio de Janeiro. Localizado na Zona Oeste do município, é um dos bairros mais populosos, com 243.125 habitantes (segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Censo 2010), distribuídos numa área de aproximadamente 46 quilômetros quadrados. Faz vizinhança com Campo Grande, Santíssimo, Senador Camará, Realengo, Padre Miguel e Gericinó, além dos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis.

Nos anos 40, uma Bangu urbanizada despontava como um dos bairros de maior progresso do subúrbio carioca, trazendo à cidade modismos, expressões, lições de elegância e até saudosos desfiles de misses que encantavam o Brasil, símbolos de uma era de glamour para todo o Rio de Janeiro. Mas o bairro também se organizava economicamente: em fevereiro de 1968, era fundada a Associação Comercial e Industrial da Região de Bangu (Acirb), atualmente denominada Associação Comercial e Empresarial da Região de Bangu (Acerb).

Apesar disso, Bangu cresceu com a vocação e as características de um bairro proletário, onde os primeiros patrões foram os ingleses. Foi planejado para funcionar atendendo a Companhia Progresso Industrial do Brasil (Fábrica de Tecidos Bangu), que por muito tempo exportou a marca Bangu para todo o mundo.

No início do século XX, a população aumentava, novas ruas eram abertas e a urbanização da região prosseguia. Contudo, na década de 1930, muitos proprietários investiam na produção e exportação de laranjas, cuja lavoura se espalhava pelos sítios vizinhos, desde o Maciço de Gericinó até a Serra de Bangu. Em 1933, a Light passou a distribuir energia elétrica na região.

Moradores ilustres

Bangu também teve seus moradores famosos. Alguns nomes se destacam, como os jogadores de futebol Garrincha – o “anjo das pernas tortas” –, Domingos da Guia, Ademir da Guia e Vagner Love, o cantor Wander Pires e o escritor José Mauro de Vasconcelos.

Muito além dos personagens que ultrapassaram as fronteiras de Bangu, o bairro também é bastante conhecido pelas altas temperaturas, que no verão ultrapassam os 40°C. Por esse motivo é considerado o lugar mais quente do Rio de Janeiro. Até hoje, o recorde oficial de menor temperatura já registrada na cidade deu-se no Campo dos Afonsos (4,8°C), em julho de 1928, e o de maior havia sido em Bangu (43,1°C), em janeiro de 1984. Mas essa marca foi ultrapassada recentemente, no dia 26 de dezembro de 2013, atingindo 43,2°C em Santa Cruz.

Para tentar aplacar o conhecido calor do bairro, o morador pode se refrescar no Calçadão de Bangu, que oferece cobertura climatizada – projeto concebido pelo poder público para facilitar o acesso da vizinhança às duas principais avenidas do bairro e à estação de trem. São duas linhas de distribuição e aspersão sob coberturas metálicas, com um total de 800 bicos de microaspersão, com funcionamento contínuo e simultâneo.

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Dia da Cachaça – 13 de Setembro

Além de ajudar a promover o país, o produto estrela roteiros onde é possível conhecer o seu processo de fabricação e que fortalecem as economias regionais.

Ela dá origem à famosa Caipirinha, possui uma legião de brasileiros apaixonados e encanta estrangeiros das mais diversas nacionalidades que vêm ao país. Criada no Brasil ainda no período colonial, a partir da destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça, cujo Dia Nacional é celebrado neste dia 13 de Setembro, ostenta o título de Patrimônio Histórico e Cultural e contribui para a atração de visitantes a vários destinos brasileiros. 

Apesar de o Sudeste concentrar o maior número de fabricantes, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, municípios de outras regiões despontam como grandes expoentes da tradição que envolve a bebida.

Até o final de dezembro de 2018, o Ministério da Agricultura contabiliza 951 produtores de cachaça no país. A liderança é de Minas Gerais, seguida de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, responsáveis por mais de 70% da fabricação nacional. O país soma 3.648 registros da bebida, com destaque ainda para Paraíba, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Pernambuco.

TRADIÇÃO MINEIRA

A maior fabricante do país oferece uma enorme gama de opções. Salinas, por exemplo, abriga um museu temático. Recentemente, a ‘marvada’ inspirou a criação de um circuito que congrega, além de Salinas, Taiobeiras, Rubelita, Fruta de Leite e Indaiabira. Os destinos respondem pela produção de rótulos como o Havana, um dos melhores do mundo. Já em Betim, o Museu da Cachaça guarda mais de dois mil exemplares.

SOBRE A DATA

Já nos tempos coloniais, a produção de cachaça era uma importante atividade econômica no Brasil, levando a redução do consumo da bagaceira importada de Portugal. Preocupados com o sucesso da aguardente, os portugueses, através de uma Carta Real de 13 de setembro de 1649, proibiram a fabricação e a venda da cachaça em todo o território brasileiro.

Indignados com as cobranças de impostos e a perseguição gerada pela comercialização da especiaria, em 13 de setembro de 1661, proprietários de engenhos de cana-de-açúcar e de alambiques no Brasil se rebelaram, tomando o poder no Rio de Janeiro por cerca de cinco meses. O protesto levou a um dos primeiros movimentos de insurreição nacional, a Revolta da Cachaça, que motivou a definição da data dedicada à bebida.

Revolta da Cachaça ocorrida no Rio de Janeiro, chamada de Revolta do Barbalho ou Bernarda,
foi inspiração para a criação do Dia da Cachaça, dia 13 de Setembro

Com o poder restituído, o movimento é repreendido com violência e o seu líder, Jerônimo Barbalho Bezerra, é enforcado e decapitado, tendo sua cabeça pendurada no pelourinho da cidade, como exemplo à população fluminense.

Todo o dia 13 de setembro se comemora o “Dia Nacional da Cachaça” como uma forma de relembrarmos os tempos de um Brasil colonial, quando o destilado era símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.

A data foi aprovada em outubro de 2010 pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

A Cachaça Laranjinha Celeste, uma exclusividade de Paraty.

Valorize a Cultura e o Produto Nacional, não tenha a Síndrome de Vira-lata, onde tudo que vem de fora é melhor.

PUBLICADO POR: Mapa da Cachaça

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Um Pouco Sobre a Vila Kennedy

Inaugurada em 20 de Janeiro de 1964, Numa planície perto do Sertão de Bangu e no Governo de Carlos Lacerda.  Um projeto ambicioso seria o conjunto habitacional construído com verbas do Programa Aliança para o Progresso.

O programa começou a surgir em maio de 1958. Nessa ocasião o então Presidente Juscelino Kubitschek, enviaria uma carta para o Estados Unidos, onde lamentava as demonstrações hostis de que fora vitima o Vice-Presidente daquele pais, durante sua viagem pela América Latina.

Juscelino sugeriu o fortalecimento da unidade entre as republicas americanas por medidas concretas.

Tempos depois, Juscelino formalizou seu pensamento, Ele Queria lançar uma operação contra o subdesenvolvimento, pelo esforço conjunto das nações do continente. A partir daí, abriu-se o caminho para a criação da Aliança Para o Progresso, que foi concluída em 1961, onde foi elaborado o documento “Carta de Punta del Este”.

E estava Criado o Programa de Assistência Socioeconômica constituídos por 22 países latino-americanos, com participação dos Estados Unidos, garantida pelo Presidente Kennedy.

Originalmente a Vila Kennedy se chamaria Vila Pará, Reunida a outras duas comunidades da zona oeste. A “Vila Aliança e a Vila Progresso” seria uma homenagem ao programa que financiou as construções das habitações nesses locais.

Mas com a morte trágica do Presidente John Kennedy, assassinado em 1963, a homenagem foi transferida para ele, devido a sua importância para formalização da Aliança Para o Progresso.

O Projeto

De acordo com o projeto original, Alem do Conjunto Habitacional, seis indústrias diferentes seriam criadas na região – uma de Massas, outra de Bonecas, uma de Roupas, uma de Padaria Comunitária, uma Lavanderia e uma Tipografia, e suas administrações ficariam a cargo dos novos habitantes, em regimes de cooperativas.

Onde Partes dos Lucros seria usadas no desenvolver e infra-estruturar da região.

A Vila Kennedy foi parcialmente construída com recursos provenientes da Aliança para o Progresso, e para li foram morar três mil pessoas, transferidas das Favelas de Esqueleto, que ficava onde hoje, é a UERJ no bairro do Maracanã e a Favela do Morro do Pasmado em Botafogo.

Os planejamentos do Complexo Industrial porem não deram certo.  Ele acabou se transformado até em motivo de denuncias de corrupção.

Isso foi na época da instalação da tipografia. Equipamentos adquiridos pelo Estado foram desviados para outros fins, e até hoje ninguém sabe seu paradeiro.

Mas os escândalos do complexo não se resumiram somente a isso. As maquinas que seriam usadas na lavanderia Comunitária, nunca foram instaladas e acabaram apodrecendo no fundo da padaria que funcionou até 1973 e também não deu certo, e foi arrendada por ‘particulares.

Destino diferente, mas igualmente desastroso, tivera a fabrica de macarrão, que funcionou pouco tempo, e sendo logo depois desativada.

De todas as indústrias, a única que sobreviveu por mais tempo, foi a de Confecção.

Depois de encerrar suas atividades, e ter seus equipamentos roubados, ela foi reativada no Governo de Brizola, só que em um regime diferente, agora um cooperativismo Restrito aos funcionários.

Mas o fracasso do complexo industrial não pode ser atribuído ao sistema de cooperativismo. O maior responsável por tudo isso foi o sucessor de Carlos Lacerda, o Governo do Estado da Guanabara, então o Negrão de Lima, ele era inimigo político e fez de tudo para implodir o principal projeto de Carlos Lacerda, Por que, se desse certo poderia se tornar num exemplo nacional e de competência, e levar Lacerda a Presidência.

Mas o projeto não foi só fracasso!  Muitas pessoas conseguiram ter uma melhora de vida, não precisavam mais viver em locais insalubres e com falta de saneamento ou em casas de madeiras.

Ao completar Dez anos de sua fundação, a população da Vila Kennedy já chegava a 35 mil habitantes.

E ao festejar seu 20º aniversário, o bairro já havia ganhado mais dois conjuntos habitacionais, o do Quafá e o Sargento Miguel Filho.

Resultado: a população saltou para cem mil habitantes. A infra-estrutura, no entanto permanecia a mesma. Assim, tudo passou a se tornar muito precário, a saúde, a educação, as ruas sem pavimentação e sem saneamento.

Curiosidades

Muitas Ruas da Vila Kennedy receberam o nome de Países da África, Assim é comum uma pessoa da região dizer que mora no Zâmbia, Quênia ou Burindi, ao dar seu endereço. Os moradores se Divertem…

Não sei o porquê de a Vila Kennedy ter ruas com nomes de nações africanas. Até gostaria de saber.

É comum a prefeitura dar nomes as ruas seguindo o critério utilizado para o primeiro logradouro de uma determinada área.

Agora vamos falar do símbolo da Região, a Estatua da Liberdade, que fica na Praça Miami. Parece um verso de samba do crioulo doido, mas não é.

Muitos dos Cariocas desconhecem dessa curiosidade, mas o Rio também tem sua Estátua da Liberdade, esculpida em 1889 em liga de níquel que tem cor de prata, feita pelo mesmo escultor da americana.

Localizada  na Ilha da Liberdade (Liberty Island) em Manhattan, Nova York, Estados Unidos, e com 46 metros, foi inaugurada em 1886, e esculpida pelo o Francês Frédéric Auguste  Bertholdi,

A Cópia Carioca, foi esculpida com dois metros de Altura e quatro de pedestal, chegou a o Brasil por intermédio do Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos, que depois a passou para seu parente, o comendador José Pereira Paranhos.

Durante anos a miniatura esteve na residência da família na Urca, Zona Sul da Cidade. Na década de 40, quando o Comendador se desfez da propriedade, a estátua foi doada ao Estado da Guanabara.  

Que a levaria para o conjunto que seria construído com a ajuda do Programa da Aliança para o Progresso na Zona Oeste do Rio.

Localizada no ponto central da Vila Kennedy, lá esta ela, com tocha e coroa.

Foi instalada no local no mesmo ano da inauguração da Vila Kennedy, em 1964.

E por lá ficou esquecida pelas autoridades municipais. Somente em 1986 ela sofreu sua primeira restauração, após campanha desenvolvida por moradores do bairro.  Foi nessa mesma época que as autoridades municipais descobriram o valor obra, após o engenheiro Emílio Giannelli, especialista em monumentos públicos, assegurar que a escultura era do mesmo autor da Miss Liberty.

Até então, os governos municipais sequer sabia da existência d estátua. Ela era ignorada porque, quando de sua instalação na Vila Kennedy, Carlos Lacerda não se preocupou em cadastrá-la no departamento de Parques e Jardins. Hoje já reconhecida, se tornou um monumento de valor na Cidade e na Zona Oeste do Rio.

 A Estátua da Liberdade representa a liberdade iluminando o mundo, a liberdade do homem.

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Ambev abre as portas de sua fábrica no Rio para visitação gratuita

A cervejaria instalada em Campo Grande recebe visitantes, que poderão conhecer o processo de produção da bebida e degustar rótulos

Assim como já ocorre em São Paulo desde o ano passado, a Ambev abre as portas de sua fábrica no Rio, localizada em Campo Grande, para visitação gratuita a partir desta sexta (29). Lá, o público (acima de 18 anos, é claro) poderá ter acesso ao processo produtivo de rótulos como Antárctica, Skol e Brahma.

Na primeira etapa da visita guiada, os participantes acompanham todo o processo de brasagem, quando o malte e água são misturados. Em seguida, é possível aprender mais sobre os processos de fermentação e maturação e, no momento da filtração, provar a cerveja fresca, direto dos tanques. “Abrir a nossa casa e oferecer essa experiência única para quem vive o universo cervejeiro ou gosta de apreciar uma boa bebida é algo que nos orgulha muito”, afirma Mauricio Soufen, vice-presidente de supply da marca.

Os interessados poderão ter uma aula sobre a história da bebida com o time de mestres-cervejeiros da Ambev com explanações que abordam assuntos desde a antiguidade até os dias atuais, passando pelas escolas cervejeiras, mitos, verdades e curiosidades da bebida. Para encerrar, haverá degustação de alguns rótulos do portfólio do conglomerado harmonizados com petiscos clássicos. A Cervejaria Ambev Rio de Janeiro fica na Estrada Rio São Paulo Nº 6011, KM 31, Campo Grande. Inscrições pelo site (clique no link em negrito).

Por Carolina Barbosa – Atualizado em 27 jun 2018, 12h49.

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Companhia Nacional de Álcalis

A Companhia Nacional de Álcalis foi criada em 1943 pelo então presidente do Brasil, Getúlio Vargas. Ela foi instalada no então município de Cabo Frio (atualmente fica em Arraial do Cabo), Rio de Janeiro e iniciou as suas operações apenas no final dos anos 50.Durante o governo de Jânio Quadros, a empresa foi presidida por Paulo Duque, que foi indicado por Artur Bernardes Filho.Em 1992, durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello, a empresa foi privatizada. No ano de 2006 a produção da empresa foi interrompida.

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Restaurante Estação Baião de Dois

´É um restaurante de comida nordestina no Rio de Janeiro.

http://www.baiaodedois.com.br

Matriz São Cristóvão: goo.gl/DxQ5pA
Filial Tijuca: goo.gl/m65fsf
Express Shopping Nova América: goo.gl/q9ZzwY

(21) 3579-8465

baiaotijuca@baiaodedois.com.br

Segunda:FECHADO
Terça:11:00 às 16:00, 11:00 às 00:00
Quarta:11:00 às 16:00, 11:00 às 00:00
Quinta:11:00 às 16:00, 11:00 às 00:00
Sexta:11:00 às 00:00
Sábado:11:00 às 00:00
Domingo:11:00 às 00:00

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Guaratiba

Seus Nomes Indígenas e Seus Simbolismos.

Quando os habitantes originais de Guaratiba viviam por aqui, a Paisagem era ainda mais bonita, a Natureza não era explorada e degradada como forma de sacrifício ante o progresso econômico.

Os ecossistemas estavam em perfeito equilíbrio e as espécies eram abundantes, os Tupinambás observavam os peixes entrando rio acima por uma foz em estuário em meio ao Manguezal de Guaratiba, e então deram o nome de “Piraquê” que significa “onde entra o peixe”.

A pesca era (e ainda é) uma atividade muito importante para a região, de forma que além das lanças e flechas, os indígenas construíam ao longo da Restinga uma espécie rudimentar do que hoje os pescadores chamam de cercada, provavelmente de troncos mais finos de árvores ou bambuzais provenientes do Maciço da Pedra branca, por este motivo ao olhar ao longo do Litoral deram nome à magnífica Restinga que protege esta Baía de “Marambaia” que significa “paliçada de guerra” .

Havia ainda neste belo litoral uma ilha, que muitos anos mais tarde serviria de marco divisório entre as terras dos Jesuítas e a Fazenda da Pedra de Guaratiba, esta ilha está próxima ao continente e localizada bem em frente à uma área de Manguezal, onde no futuro seria criada a Área de Proteção Ambiental da Brisa, os Índios ao avistarem o principal símbolo da região, repousando à noite na pequena ilha , em sua homenagem lhe chamaram de “Guaraqueçaba” que significa “onde dormem os guarás” .

Ao avistarem um pequeno crustáceo muito presente no bairro e com uma curiosa maneira de se deslocar lhe deram o nome de “Siri” que significa correr/deslizar para trás.

Quando o europeu chegou ao nosso litoral, as tribos indígenas já estavam estabelecidas há muitos anos, diante da tentativa em explorar os recursos naturais que nossa terra oferecia, a proximidade do europeu com os Índios fez com que a cultura indígena fosse anulada aos poucos, as doenças vindas do homem branco, a catequização , o trabalho forçado (geralmente não aceito) e a fundação de vilas acabaram contribuindo para o declínio desta cultura nascida em solo brasileiro.

A quantidade de vilas surgidas no início do período de colonização era grande , porém apenas uma única vila (leia-se cidade) fora fundada por um índio , no caso nossa vizinha Niterói, fundada por Araribóia (que significa cobra feroz) batizado como Martim Afonso de Souza , recebeu a doação de Mem de Sá pela bravura e ajuda aos portugueses na expulsão dos franceses da Baía de Guanabara, logo a vila que nasceu como São Lourenço, hoje Niterói, foi a única cidade oficialmente fundada por um índio no Brasil.

Uma questão que ultrapassa os limites de Guaratiba, mas certamente coloca em dúvidas sobre a real utilização de uma expressão , diz respeito ao termo Guará, sabemos que existe o pássaro Guará (Eudocimus ruber) exuberante ave vermelha presente nos mangues de Guaratiba até a década de 80, e por outro lado, temos a conhecida garça branca (Ardea alba) cujos índios também referiam-se à esta espécie o termo “Guará”.

Ao analisar cidades como Guaratuba, Guaratinguetá, Guaraciaba e outras localidades do Centro Oeste brasileiro que apresentam a junção do termo Guará, identificamos a presença maciça da Garça branca, nos levando à reflexão de que justamente esta espécie mais popular e mais abundante no Brasil, de fato tenha sido mesmo o Guará referido pelos indígenas e a outra espécie vermelha, provavelmente tenha sido referenciada mais tarde por nós.

Ou talvez, o termo tenho sido utilizado pelos indígenas para se referir às duas espécies, já que guará em tupi significa “comedor voraz”, fato confirmado por essas espécies que costumam devorar peixes, siris, camarões, insetos, anfíbios, pequenas cobras e até filhotes de outras aves.

Mas, assim como no Pantanal e na Amazônia, em Guaratiba a presença das garças brancas acaba atuando como um forte simbolismo da região.

Seja qual for a teoria certa, as tribos indígenas passaram, mas suas influências permanecem no espaço de Guaratiba, nos animais, localidades, artesanatos, gastronomia e principalmente em sua atmosfera mística, carregada de história e muita ancestralidade.

Será esta talvez a explicação de nós moradores e admiradores de Guaratiba sentirmos uma energia tão forte e diferenciada em relação à esta terra?

Mas tratando-se de ancestralidade devemos abordar um outro grupo, que chegou à Guaratiba mais tarde, porém de forma muito triste, os Africanos.

Estes também são responsáveis pela construção e contribuição da identidade de Guaratiba e sua Ancestralidade, e serão abordados em um próximo artigo !

Por Paulo Jorge Neves

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NASCIMENTO DO PAI DA AVIAÇÃO

 Alberto Santos-Dumont, brasileiro, nascido na Fazenda Cabangu, Palmira, atual Santos Dumont (MG), em 20 de julho de 1873, dedicou sua vida à aviação. De 1889 a 1909, planejou, construiu e experimentou mais de duas dezenas de invenções entre balões livres, dirigíveis e aviões.

Em 4 nov 1984, Santos-Dumont foi consagrado como patrono da Aeronáutica Brasileira, por suas valiosas e pioneiras contribuições à locomoção aérea mundial onde se destaca seu grande feito de haver sido o primeiro aviador mundial a voar com uma máquina mais pesada que o ar, que inventara e construíra, o avião 14-Bis. Na tarde de 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, em Paris, frente a um público numeroso, arrebatou, com um voo de 70 metros, a Taça Archedeacon, destinada a quem voasse mais de 25 metros. Foi o responsável por iniciar a Era da Aviação Mundial com o seu avião Demoiselle nº 20, cujo modelo difundiu-se mundialmente e no qual todo o mundo iniciou a voar.


Venha conhecer Petrópolis e conheça também a ‘Encantada”, residência de verão de Alberto Santos Dumont, pai da aviação. No próximo sábado dia 20/7, o Museu Casa de Santos Dumont estará com entrada franca para os visitantes por conta da comemoração do aniversário de Santos Dumont.