Rua Francisco Real, 365 – Padre Miguel – Rio de Janeiro
Categoria: Cidade do RIO
Padre Miguel
As terras correspondentes ao atual bairro de Padre Miguel faziam parte da Fazenda Água Branca, que pertencia à família Barata, o tenente João e o Alferes Sebastião Barata, que obtiveram vastas sesmarias até o sopé do Maciço de Gericinó.
A fazenda da Água Branca foi desmembrada e deu origem a loteamentos, atravessados pela avenida Brasil.
O desenvolvimento da localidade foi incrementado a partir da inauguração em 6 de abril de 1940, do ramal de Mangaratiba a Estação de “Moça Bonita”, assim chamada pelos moradores próximos.
O folclore da região atribui o apelido à beleza de uma moradora, que atraía a atenção dos cadetes da Escola Militar de Realengo.
Moça Bonita também é o apelido do Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, inaugurado em 1947 e localizado em Bangu.
Padre Miguel é na verdade, uma faixa de terra situada à esquerda de Realengo e à direita de Bangu.
O nome do bairro “Padre Miguel”, homenageia o vigário de Realengo, o monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon, nascido em Granada, na Espanha, em 1879. Aos 29 anos, ele chegou à região para assumir a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em substituição à capela construída em 1758. Ao redor do templo, ex-escravos angolanos realizavam feiras, nas quais alocavam suas mercadorias sobre pedaços de tecidos ou esteiras de sisal.
Engajado na melhoria da qualidade de vida da população, o religioso foi responsável pela primeira Escola Regular da Região e por criação de diversas outras na redondeza, nas quais se estima que em suas viagens de catequização aos engenhos de Nossa Senhora da Conceição da Pavuna e Botafogo, pelo chamado “Caminho do Padre”, cerca de 34 mil crianças teriam se alfabetizado.
Grande incentivador do teatro amador, o padre Miguel era também um apaixonado por cinema. Tanto que, naquele início do século XX, produzia filmetes mudos de cunho religioso, os quais costumava exibir para a comunidade na casa paroquial. O cinema improvisado só terminou depois de um assalto, no qual foi levada uma quantia de 100 mil cruzeiros que havia sido doada para obras na igreja. A fim de repor o dinheiro perdido, não restou ao padre alternativa, a não ser se desfazer do seu equipamento, como conta Brasil Gerson no livro História das Ruas do Rio.
Depois da morte do padre Miguel, em 1947, a estação de trem e o bairro foram rebatizados como forma de agradecimento. Anos após o sepultamento, no Cemitério do Murundu (DE MYRO-ND-HUÚ, “Lôdo Revolto”), seus restos mortais foram transladados e se encontram, atualmente, na igreja matriz.
Já o nome da estação de trem também foi atualizado: com a importância do Grêmio Recreativo de Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel criada em 10 de novembro de 1955, com as cores verde e branca, a estação passou a se chamar Mocidade Padre Miguel.
Em 1981 nasce oficialmente o bairro de Padre Miguel, desmembrado do bairro de Bangu, e partes de Realengo.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.
Tríplice Marco – Lions – Maçonaria – Rotary
Tríplice Marco – Lions – Maçonaria – Rotary
Monumento foi inaugurado no dia 20 de agosto de 2005, por ocasião das comemorações do Dia do Maçom, estando presente o Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro, irmão Valdemar Zveyter e pelos governadores do Lions e Rotary.
Este monumento foi construído pelos irmãos do Condomínio Maurício Muzy, formado pelas Lojas Maçônicas: Floriano Peixoto nº 39, Oswaldo Aranha nº 110 e Fraternidade de Realengo nº 112, todas da GLMRJ, bem como a participação de irmãos da GLMRJ.
G.R.E.S. Unidos de Padre Miguel – 1957
Em Branco e Vermelho, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Padre Miguel foi fundado em 12 de novembro de 1957.
Rua Mesquita, 8 – Realengo
Museu Bangu
Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos
A memória de Bangu, Ano de abertura 1996.
Popularmente chamado de Museu de Bangu, este centro cultural recebeu o nome de um ilustre escritor banguense, o autor de “Meu Pé de Laranja Lima” José Mauro de Vasconcelos.
Sua denominação também faz homenagem à sociedade congênere que funcionou no bairro entre 1907 e 1939, inicialmente com o nome de Grêmio Philomático (1907/1925) e depois de Grêmio Literário Rui Barbosa (1925/1939).
Patrono do Grêmio Literário de Bangu – José Mauro de Vasconcelos autor do livro “Meu pé de Laranja Lima”, onde ele conta sua infância ocorrida em Bangu.
José Mauro de Vasconcelos nasceu em Bangu, bairro do Rio de Janeiro, a 26 de Fevereiro de 1920. Filho de Estefânia de Vasconcelos e de Paulo de Vasconcelos. Iniciou os estudos na Escola Martins Júnior em Bangu. Filho de família muito pobre, a ponto de ainda menino, ter de viver com os tios em Natal no Estado do Rio Grande do Norte.
A denominação Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos é, ao mesmo tempo, homenagem a sociedade congênere que funcionou em Bangu no período de 1907 a 1939, inicialmente com o nome de Grêmio Philomático (1907 / 1925) e depois de Grêmio Literário Rui Barbosa (1925 / 1939) e ao consagrado romancista José Mauro de Vasconcelos.
“O Meu Pé de Laranja Lima” foi escrito em doze dias. (“Porém estava dentro de mim há anos, há vinte anos”), declarou José Mauro em uma entrevista. E o livro de 1968, conquistou os leitores brasileiros do Amazonas ao Rio Grande do Sul, quebrando todos os recordes de vendagem.
Além, de escritor José Mauro de Vasconcelos foi artista plástico, ator de teatro e de televisão. Ganhou prêmios como coadjuvante em “Carteira Modelo 19” e como ator em “A Ilha” e “Mulheres e Milhões”.
Vale ressaltar que “O Meu Pé de Laranja Lima” também foi novela em televisão e enredo do G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel.
O espaço abriga o Museu de Bangu que é o principal pólo cultural da região, sem fins lucrativos, o grêmio se mantém atualmente, segundo o artista plástico Clécio Régis, com a renda angariada com as oficinas de arte que promove e da contribuição dos sócios.
O Museu de Bangu fica localizado no Grêmio Literário José Mauro Vasconcelos. É um espaço cultural que tem por objetivo preservar e difundir a história do bairro.
Site: http://www.bangu.org.br
Email para divulgação: museudebangu@gmail.com
Informações Adicionais de Contato: (21) 3331-0025
Rua Silva Cardoso, 349 – Bangu
G.R.E.S. Mocidade de Padre Miguel – 1955
Maracanã do Samba
Principal agremiação do bairro, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel foi criado em 10 de novembro de 1955, com as cores verde e branca, a partir de um time de futebol amador, o Independente Futebol Clube.
Seu primeiro desfile aconteceu no carnaval seguinte. Três anos depois, a bateria da escola já se destacava, graças à famosa “paradinha” lançada por Mestre André e logo copiada por outras escolas de samba.
Em 2012, a Mocidade inaugurou sua nova quadra, que fica na Avenida Brasil, 31.146 no Bairro de Padre Miguel e é a maior da cidade.
Com capacidade para 12 mil pessoas, recebeu o apelido de Maracanã do Samba.
Mas a escola de samba não é a única do bairro: em branco e vermelho, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Padre Miguel foi fundado em 12 de novembro de 1957.
Muitos dos sambistas da região têm sua história pessoal ligada ao conjunto residencial Cardeal Dom Jaime Câmara, o maior do estado e que, durante anos, foi também o maior da América Latina. Localizado entre os bairros de Padre Miguel e Bangu, é considerado um sub-bairro. Construído durante a gestão do governador Carlos Lacerda (1960-1965), o conjunto recebeu parte da população removida de favelas do Leblon, Lagoa e Maracanã. Em um conjunto vizinho ao Jaime Câmara, do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), fica um dos centros de cultura mais representativos da Zona Oeste: o Ponto Chic. Considerado pela Prefeitura um Ponto Carioca, o Ponto Chic é, na verdade, a concentração dos moradores na Rua Figueiredo Camargo para curtir, além do samba nos ensaios da Mocidade Independente, outros movimentos culturais de resistência. Como o baile charme, estilo assim batizado pelo DJ Corelo, nos anos 1980, sendo uma vertente mais melódica do soul norte-americano. O evento acontece há 16 anos no segundo sábado do mês, a partir das 15h, com classificação livre e entrada gratuita. A festa Dinossauros da Black Music atrai, ainda, os fãs de hip-hop e de soul music. Fora os ensaios dos blocos de carnaval das cercanias, como o 10+ Malandros.
A primeira apresentação da Mocidade, restrita às ruas da região, aconteceu no Carnaval de 1956. A partir de 1959, sua bateria, ao apresentar a tradicional “paradinha” desenvolvida com desenvoltura por Mestre André, se transformou em uma das grandes atrações do Carnaval Carioca.
Em 1979, a escola conquistaria seu primeiro título de Campeã do Grupo 1 com o enredo “Descobrimento do Brasil”. Sua quadra fica próxima ao viaduto de Padre Miguel, construído na década de 1990, e à comunidade Vila do Vintém – também conhecida como comunidade Moça Bonita – originalmente uma área vazia, pantanosa e com matagal, cujo início de ocupação ocorreu por volta de 1920.
Avenida Brasil, 31.146- Padre Miguel
Adutora Veiga Brito
Adutora Veiga Brito
O Aqueduto do Catonho é a parte visível da Adutora Veiga Brito ou Túnel do Lacerda, antes Adutora do Guandu, considerada a “obra do século” e tinha como perspectiva abastecer a população até o ano 2000.
Seu percurso tem aproximadamente 34 Km com partes escondidas e outras expostas, iniciando na Elevatória do Lameirão (Santíssimo), cruzando o Jardim Sulacap e outros bairros, até o Jardim Botânico. A Adutora supera os 13,2 Km da Ponte Rio-Niterói.
Das três pontes-canais, a maior é a do Catonho, com 246 metros de extensão e um declive de 0,84 metros. A ponte da Cachoeira tem 164 metros e a do Governo (Realengo) tem 205 de extensão. Após o Catonho, o aqueduto segue em direção a Praça Seca, indo pelo subterrâneo até o Jardim Botânico.
Nos anos 60, toda a população sofria. Uma bomba d’água foi colocada para abastecer as ruas mais altas. Aliás, não só os moradores do Jardim Sulacap, mas os cariocas em geral sofriam com a falta de água. Hoje em dia, 97,33% dos moradores possui serviço de abastecimento de água adequado em Jardim Sulacap, segundo IBGE de 2010.
O Corvo, como o governador Carlos Lacerda era chamado por alguns, foi acusado na época de acelerar a obra a fim de “render dividendos eleitorais”. No Jardim Sulacap, o governador inaugurou a “fase terminada da obra” do Aqueduto do Catonho em 1965.
Aqueduto Veiga Brito – Uma das maiores obras de seu tempo o aqueduto faz parte da importante rede que abaste a cidade do Rio de janeiro e cruza parte do Parque Estadual da Pedra Branca.
Essa Adutora, é em sua maior parte subterranea, ou encravada em montanhas sendo visivél somente em Senador Camará (Viegas), no Realengo (Barata) e no Catonho.
Referências
CORREIO DA MANHÃ. Obra do século. Rio de Janeiro, 1963. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_07&pagfis=90608&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader#
PASSOS, Carlos Eduardo Lima. Consumo de água e tarifa social em áreas de baixa renda… Dissertação de mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://www.peamb.eng.uerj.br/trabalhosconclusao/2010/CarlosEduardoLimaPassosPEAMB_2010.pdf
Buraco do Faim
Dr. Faim Pedro, que deu o nome ao Buraco do Faim, ele era médico e vereador do bairro!
Na linha de trem da zona da Leopoldina são vários buracos dessa época do final do Século XIX, são provas vivas da expansão da linha férrea no Segundo Reinado e consequente urbanização dos bairros do subúrbio.
O grande meio de transporte que se anunciava era o trem. Não havia engenharia para a construção de passarelas sobre a linha férrea.
O Buraco data da época imperial, 7 anos antes da Abolição da Escravatura e 8 anos antes da Proclamação da República. Testemunhou grandes fatos da história como pode ser visto no marco em estereotomia com a inscrição que diz “E.F.D.P. II.1881″(Estrada de Ferro Dom Pero II – ano 1.881).
Este senhor da foto é o Dr. Faim Pedro, que deu o nome ao Buraco do Faim, ele era médico e vereador do bairro! Existem uma rua e uma clínica da família ambos em Padre Miguel com seu nome em sua homenagem.
Na foto postada, aparece o Presidente Juscelino Kubitschek, que visitou o bairro e a Fábrica Bangu, em 06 de Setembro de 1956. Da esquerda para a direita, aparece o Dr. Faim Pedro, médico e vereador do bairro, de terno escuro e bigode.
O que poucos sabem é que o Dr. Faim, famoso pela passagem de nível (Buraco do Faim) era casado com Adélia Ribeiro de Andrade, filha do professor Timóteo Ribeiro de Andrade, criador do primeiro grupo escolar de Bangu, e que foi chamado de Ribeiro de Andrade, dando origem à rua do mesmo nome. Não bastasse, Dr. Faim, era sogro de Antenorzinho, um dos grandes presidentes do Bangu Atlético Clube, e filho do jogador do Bangu Antenor Mascavinho.
Referência: AcervoBanguRJ
José Mauro de Vasconcelos (1920 – 1984)
José Mauro de Vasconcelos nasceu em Bangu, em 26 de Fevereiro de 1920.
Filho de Estefânia de Vasconcelos e de Paulo de Vasconcelos.
Autor do livro “Meu pé de Laranja Lima” e de mais outros 20 romances.
Iniciou os estudos na Escola Martins Júnior em Bangu. Filho de família muito pobre, a ponto de ainda menino, ter de viver com os tios em Natal no Estado do Rio Grande do Norte.
“O Meu Pé de Laranja Lima” onde ele conta sua infância ocorrida em Bangu, foi escrito em doze dias. (“Porém estava dentro de mim há anos, há vinte anos”, declarou José Mauro em uma entrevista).
E o livro publicado em 1968, conquistou os leitores brasileiros do Amazonas ao Rio Grande do Sul, quebrando todos os recordes de vendagem.
Além, de escritor José Mauro de Vasconcelos foi artista plástico, ator de teatro e de televisão. Ganhou prêmios como coadjuvante em “Carteira Modelo 19” e como ator em “A Ilha” e “Mulheres e Milhões”.
Vale ressaltar que “O Meu Pé de Laranja Lima” também foi novela em televisão e enredo do G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel.
“José Mauro de Vasconcelos, nasceu em Bangu, Rio de Janeiro/RJ – 26 de fevereiro de 1920 e morreu em São Paulo/SP – 24 de julho de 1984”.
Parque Municipal Fazenda de Viegas
Espaço de lazer na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Parque Municipal Fazenda de Viegas proporciona uma viagem pela história carioca, além de permitir a seus visitantes um contato mais próximo com a natureza, em uma área preservada da Mata Atlântica.
Construída juntamente com a capela de Nossa Senhora da Lapa, em 1725, a fazenda era um dos principais estabelecimentos rurais da cidade, sendo um dos primeiros a substituir o plantio do açúcar pelo café. Quando este entrou em declínio, foi na propriedade que teve início a construção do ramal ferroviário de Santa Cruz e a implantação da Companhia Progresso Industrial do Brasil, a Fábrica Bangu.
Tombada pelo Patrimônio Histórico desde 1938, a propriedade, em Senador Camará, foi transformada em Parque Municipal em 1996. Além das construções, típicas do Brasil colônia, o local possuí elementos nativos da fauna e flora da Mata Atlântica, como o ipê-amerelo e o pica-pau-do-campo.
Horário(s) Segunda a sexta, 8h às 17h.
Endereço:
Rua Marmiari, 221, 21831-000
Rua Helio Lobo, S/n – Senador Camará