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Fazenda do Viegas

Engenho da Lapa, ou mais conhecido como Fazenda do Viegas, é uma obra arquitetônica pertencente ao período colonial setecentista brasileiro, construída em meados do séc. XVIII e localizado na rua Marmiari, 221, Senador Camará, na antiga estrada Rio-São Paulo.

A Fazenda do Viegas foi a sede do antigo Engenho da Lapa, fundado pelo colonizador Manuel de Souza Viegas, que deu nome ao morro, ao caminho, à estrada e, consequentemente, a fazenda no século XVII.

No ano de 1725 a fazenda sofreu sua primeira alteração em relação a sua arquitetura original, com a construção da Capela de Nossa Senhora da Lapa. No decorrer do tempo, a fazenda foi tornando-se famosa pelos seus equipamentos, dentre eles, o Engenho da Lapa, o qual produzia semanalmente 22 caixas de açúcar de 50 kg e 1.000 litros de aguardente.

Em 1777, o Engenho da Lapa foi considerado o segundo engenho açucareiro mais importante da região na então freguesia de Campo Grande.

A propriedade rural começou suas atividades agrícolas com a produção de cana-de-açúcar, que perdurou por quase 80 anos. Entretanto, com o surgimento da cafeicultura no início do século XIX, a fazenda mudou seu cultivo, o que a tornou uma das precursoras da produção do café no Brasil.

No ano de 1938, a edificação e a Capela anexa foram reconhecidos como patrimônio histórico.

Entre 1940 e 1941, foi restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Posteriormente houve uma reforma da edificação pela Prefeitura. Em 1999, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro promoveu a revitalização e o isolamento do local, consolidando-o como uma importante área verde.

O Engenho da Lapa, segundo Augusto da Silva Telles, não está vinculada a nenhum fato histórico marcante, além da grande produção de açúcar e café na época colonial brasileira.

Atualmente, a Fazenda do Viegas está em mal estado de conservação, estando ela totalmente depredada e abandonada.

Características Arquitetônicas
A construção rural da fazenda possuí a maioria das características de uma casa rural colonial setecentista brasileira. Sua composição formal das fachadas, da planta e de sua volumetria são expressas por sua austeridade e simplicidade da sua forma, que são inscritas e compartimentadas a partir de figuras geométricas quadrangulares.

No caso da Fazenda do Viegas, ela apresenta uma conformação volumétrica retangular, sendo ela assentada pesadamente sobre terra, desenhando um espaço prismático e com uma horizontalidade marcante, que acentua-se ainda mais pelo telhado de quatro águas, que se apoiam no perímetro da casa.

O corpo das casas rurais brasileiras no século XVIII, apresentavam um tratamento austero, com simplicidade construtiva, chegando até a uma certa rusticidade, possuindo esquadria sóbrias e ausência de revestimentos nobres. Seus cômodos internos possuíam forros de madeira, paredes caiadas e piso em tábua de madeira.

Além das características genéricas das casas rurais setecentistas brasileiras, a Fazenda do Viegas, apresenta algumas características particulares quanto a sua morfologia, tipologia, planta, fachadas e sua capela.

Morfologia: A casa foi assentada a meia encosta, em aclive, aproveitando assim sua parte frontal térrea, para meio-porões, que eram usados como depósitos, fechados em alvenaria com portas independentes a casa. Isso possibilitou o nivelamento da residência em um pavimento elevado e plano, anulando assim os desníveis que estaria presentes internamente a moradia. Esse tipo de assentamento acabou desenhando uma casa com composição em dois pavimentos na fachada frontal, enquanto nas fachadas laterais e posterior apresente apenas um pavimento.

Tipologia: Sua tipologia clássica da casa rural setecentista brasileira, define-se a partir da varada frontal alpendrada, com colunas de fuste de secção circular, em alvenaria, apresentando uma inspiração na ordem toscana. Além disso, podemos perceber nestas casas a presença de pátio interno, também alpendrados, escada externa e a capela.

Planta e organização espacial: A fazenda possui uma planta que se desenvolve em torno de uma grande sala central, com cômodos menores nos módulos laterais, sendo estes quartos e/ou alcovas. Sua grande varanda frontal, serve como acesso principal, sendo também a ligação privada a capela, através do coro. Sua varanda posterior ocupa apenas o módulo que seria correspondente a sala, dando acesso a um pátio aos fundos da casa. Neste caso particular, são encontrados cômodos no corpo principal da residência, porém apenas com acesso externo, seja ele, pela varanda frontal, pelo pátio ou até mesmo pelos fundos.

A entrada principal a residência se dá diretamente pela grande sala central, que funciona como principal dispositivo de distribuição, dando acesso aos cômodos laterais, tornando-se ponto inevitável na circulação. Ao longo dos anos, acredita-se que a casa sofrera certas mudanças em torno do pátio dos fundos, no qual aparecem cômodos sem comunicação direta com a sala. Essa distribuição sugere que tais cômodos fossem dedicados a serviços e armazenagem.

O acesso a varanda principal era inevitavelmente dado pelas escadas e rampas de acesso, sendo este um dos elementos mais importantes da composição formal das fachadas das casas rurais deste período. No caso do objeto de estudo, sua escada possuía poucos degraus, semicirculares na base, seguida de uma rampa, construída em alvenaria e assentada diretamente sobre a terra acumulada acompanhando a inclinação do terreno, até chegar na extremidade da varanda.

Sua organização espacial ainda continha um pátio interno, característico da maioria das casas setecentistas. A composição aberta destes pátios formou uma solução que proporcionou aos cômodos internos iluminação natural, areação e ventilação, tornando assim o ambiente agradável ao conforto térmico ambiental. Ele, assim como a varanda frontal da fachada principal, possuía alpendres que recebiam uma atenção estética da ordem toscana. Este pátio funcionava também como circulação, pois dava acesso aos cômodos internos da casa que eram distribuídos ao seu redor, definindo um partido particular, centrado, ou seja, voltado para o núcleo central da casa, no qual acarretou em uma tipologia em forma de “U”, pois o pátio possui um dos lados abertos a parte posterior da casa.

Esquadrias: As esquadrias presentes na casa, são relativamente simples, suas portas de entrada são de madeira, com verga em arco abatido, já as janelas são de guilhotina e suas folhas externas são em madeira.

Fachada: As fachadas das residências deste período, possuíam a mesma linguagem simples, horizontalidade, estática e peso, com o predomínio de superfícies cheias sobre elementos vazados de portas, janelas e paredes caiadas em branco, contrastando com as esquadrias coloridas.

No caso da casa rural de Viegas, sua fachada principal possui a orientação norte-nordeste, além de possuir também um certo tratamento mais complexo e requintado. Ela é marcada pela varanda alpendrada, que concede certa leveza a construção, compondo uma equilibrada trama vertical e alternando de forma equidistante as colunas e vãos. Seu alpendre estende-se por toda a fachada principal, possuindo colunas de tijolos, que recebem um tratamento da ordem toscana. No seu embasamento predominam os cheios, possuindo três portas de acesso ao porão.

Já suas fachadas secundarias são caracterizadas por possuírem vãos retangulares, sendo que na fachada lateral direita encontra-se a rampa de acesso à varanda frontal.

Capela: A capela de Nossa Senhora da Lapa, configura-se à esquerda da casa, ligada pela varanda, proporcionando uma entrada privada ao nível do coro. Esta capela é anexa e justaposta ao corpo da casa, sendo estas destacadas em relação ao volume da casa e também por suas feições, revelando o caráter religioso da construção. Ela apresenta uma maior complexidade em sua planta, dada pela presença sistemática da sacristia e do coro no pavimento superior, sobre o primeiro terço da nave, que foi possibilitado graças ao seu alto pé direito. Seus espaços são integrados em dois retângulos sucessivos, o primeiro, mais largo, destinado a nave única e o segundo, menor, para abrigar a capela-mor, conferindo um maior destaque para o altar.

Neste modelo particular de capela justaposta à casa, o acesso privado da família se dava da varanda ao coro, no qual funcionava como uma espécie de tribuna no pavimento superior da nave, que por sua vez, tinha um acesso independente no térreo para os demais fiéis.

Referências Bibliográficas Arquivo Noronha. Casa da Fazenda do Viegas, 13 jun. 1938. IPHAN. TELLES, Augusto Carlos da Silva. Monumentos tombados. In: Silva, Fernando – Nascimento et alii. Rio de Janeiro em seus quatrocentos anos; formação e desenvolvimento da cidade. Rio de Janeiro; 1965. BIENE, Maria Paula Van. A arquitetura das casas-grandes remanescentes dos engenho de açúcar no Rio de Janeiro setecentista. Rio de Janeiro, 2007. Geografia histórica do Rio de Janeiro (1502-1700). Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio & Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, 2010. PEREIRA, Sonia Gomes. Espaço urbano e arquitetura no Rio de Janeiro: a procura de uma síntese do universo colônia português. In: Separata – Simpósio Internacional. Portugal: Instituto Português do Patrimônio Arquitetônico; s/d. PUC-Rio (diversos autores). O Rio de janeiro no processo cultural do Brasil setecentista: Arquitetura, Artes Plásticas e Urbanismo. Revista Gávea 7. Número Especial. RJ: PUC-Rio;dez./1989 Referências PEREIRA, Sonia Gomes. Espaço urbano e arquitetura no Rio de Janeiro: a procura de uma síntese do universo colônia português. In: Separata – Simpósio Internacional. Portugal: Instituto Português do Patrimônio Arquitetônico; s/d. TELLES, Augusto Carlos da Silva. Monumentos tombados. In: Silva, Fernando – Nascimento et alii. Rio de Janeiro em seus quatrocentos anos; formação e desenvolvimento da cidade. Rio de Janeiro; 1965. BIENE, Maria Paula Van. A arquitetura das casas-grandes remanescentes dos engenho de açúcar no Rio de Janeiro setecentista. Rio de Janeiro, 2007.

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Fazenda de Santa Cruz

Um dos marcos da história do Brasil, essa antiga fazenda, localizada na Zona Oeste da cidade, no bairro de Santa Cruz, é uma das raízes do passado nacional.

Depois que Cristóvão morreu, a Marquesa Ferreira, esposa dele, doou as ricas terras para os padres jesuítas.

“Os Jesuítas juntaram essas terras doadas a outras e fizeram uma grande fazenda, um latifúndio, que tinha como referência uma grande cruz, então nasceu o nome Fazenda de Santa Cruz“, conta o historiador Maurício Santos.

As terras eram tão vastas que englobavam regiões como Guaratiba, Mangaratiba e iam até Vassouras, no Sul do estado do Rio de Janeiro. Era uma das mais desenvolvidas fazendas das Américas.

“Um dos símbolos da sofisticação da Fazenda de Santa Cruz nesta época é a Ponte do Guandu, ou Ponte dos Jesuítas, que foi erguida para conter as águas do Rio Guandu, em uma espécie de represa”, destaca Maurício Santos.

A Fazenda de Santa Cruz é considerada o berço da organização instrumental e coral do primeiro conservatório de música do país, pois lá se formaram grupos de escravos que tinham aulas de música para se apresentar em missas locais.

Com a expulsão dos Jesuítas de todas as regiões dominadas por Portugal, a Fazenda de Santa Cruz passou a ser posse da Coroa, se tornando Real Fazenda de Santa Cruz.

A Corte adotou o local como casa de veraneio e usava o Caminho Real para se deslocar da Quinta, em São Cristóvão, para a Real Fazenda de Santa Cruz. D. Pedro I e D. Miguel foram, praticamente, criados no local.

Quando voltou para Portugal, em 1821, D. João VI, que tanto gostava da Real Fazenda de Santa Cruz, estendendo por meses os finais de semana que passaria por lá, a viu se tornar Fazenda Imperial de Santa Cruz.

Foi na Fazenda Imperial de Santa Cruz que D. Pedro I passou a lua de mel com a princesa Leopoldina. Foi lá, também, que ele se reuniu com José Bonifácio antes de tomar a decisão de declarar a independência do Brasil, em 1822.

Já com D. Pedro II à frente do Brasil, a Fazenda Imperial de Santa Cruz ganhou o primeiro telefone do país, que fazia comunicação com Paço de São Cristóvão, isso em 1842, bem distante dos nossos muitos celulares.

Com o advento da República, a casa principal da Fazenda de Santa Cruz, que já havia sido convento de Jesuítas e residência imperial, passou a abrigar tropas do Exército Brasileiro.

Atualmente é sede do histórico Batalhão Escola de Engenharia. Cabe muita história por lá. Muita, mesmo.

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Pedra do Osso,”Jesus esta Chamando”

A Formação rochosa fica no Parque Estadual da Pedra Branca, no Núcleo Realengo, e faz parte da Trilha Transcarioca.

De acordo com o geólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Carlos Sicoli Seoane, a pedra foi formada há mais de 500 milhões de anos.

 

Do alto, é possível enxergar uma vasta paisagem da cidade e arredores: Pedra da Gávea, Pedra Bonita, Barra da Tijuca e até da Serra dos Órgãos, na Região Serrana.

Duas horas de trilha

Só é possível chegar até a rocha fazendo uma trilha, que começa no núcleo Piraquara em Realengo, da Trilha Transcarioca. A dificuldade é moderada e a caminhada dura cerca de duas horas, em um ritmo normal.

O percurso começa no fim de um aqueduto e é praticamente toda em aclive. Como o bairro fica na região que registra as maiores sensações térmicas da cidade, a Zona Oeste, o sol e o calor são obstáculos a serem vencidos. No kit trilheiro, tem que ter garrafa d’água e algo para comer – barras de cereal e frutas são boas pedidas.

Na região a Pedra do Osso, também é conhecida como Sapato de Deus, que desafia a gravidade e se ‘equilibra’ na vertical.

Piraquara x Estrada dos Teixeiras
Distância: 4,8 km
Tempo de percurso: Aproximadamente 2h
Nível de dificuldade: Moderado
Destaques: Pedra do Osso, Pedra “Jesus Vem”, Aqueduto do Barata, Mirante da Piraquara, Pedra Rachada, vistas para o bairro de Realengo e Serra do Mendanha.
Horário: Das 8h às 17h
Entrada no parque: gratuita

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Vila Aliança

A VILA ALIANÇA NÃO E FAVELA

Vila Aliança (também chamada de V.A ou Vila por seus moradores) é uma localidade do município do Rio de Janeiro, que oficialmente faz parte de Bangu. Devido a circunstâncias históricas e culturais, a Vila Aliança é considerada por muitos como uma favela, ainda que seja totalmente urbanizada, tendo serviços de água, luz, esgoto e coleta de lixo.

A localidade possui diversos comércios, entre mercados, lojas de roupas, padarias, bares, sorveteria, loja de informática, loja de reparo de telefones, farmácias, hortifrúti e a Nave do Conhecimento da Vila Aliança.

Sua extensão é motivo de controvérsia, pois aos poucos, outras localidades próximas passaram a ser consideradas como parte da Vila Aliança, por seus moradores.

Em sua maior extensão, estaria localizada na divisa com o bairro de Senador Camará, entre as ruas Belila, Antenor Correia, Coronel Tamarindo e a Estrada do Taquaral.

Era 1902, e o engenheiro Pereira Passos assumia a Prefeitura do Rio de Janeiro, com o objetivo de acabar com a cidade infecta de tudo. Com isso, foi empurrando a população das encostas para a zona portuária e outras localidades que ainda não preocupavam. Anos mais tarde, em 1961, o presidente americano John Kennedy, dando seguimento à urbanização da cidade, idealiza a ALIANÇA PARA O PROGRESSO, projeto de cooperação técnica e financeira com países da América Latina com a clara intenção de impedir que revoluções como a cubana se espalhassem.

No Rio de Janeiro, o governo Carlos Lacerda utilizou esse apoio para criar três Sub-bairro: Vila Aliança e Vila Kennedy em Bangu , Cidade de Deus, em Jacarepaguá, que hoje em dia é um bairro desmembrado de Jacarepaguá, que agora responder como um bairro oficial. retirando as famílias do Morro do Pasmado no bairro de Botafogo, do Pinto e do Esqueleto, onde foi erguida a Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, no bairro do Maracanã com, a promessa de que seus filhos teriam vaga garantida, o que não ocorreu.

Na Vila Aliança a maioria do moradores vieram da favela extinta do Morro do Pasmado. No dia da remoção, bom parte dos moradores não queria sair do Morro do Pasmado, eles ficaram ate o fim, na hora da derrubadas e incendiados dos barracos tinha uma multidão na rua, foi aquela tristeza e a fumaça preta subindo, A maioria dos moradores foram então removidos para Vila Aliança em Bangu.

Em 20 de janeiro, dia do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1964, foi fundada o Sub-bairro de Bangu a Vila Aliança pelo então governador Carlos Lacerda. O nome Vila Aliança, foi uma homenagem ao nome do projeta Aliança para o Progresso , é também porque ia faz uma aliança com a Vila Kennedy no mesmo bairro , Bangu.

Vila Aliança foi construídas com padrões arquitetônicos internacionais, com ruas amplas que mais pareciam grandes avenidas e ruas estreitas com características de vilas que integrariam a vizinhança, tudo com auxilio técnico ao operário e a pequena indústria visando fomentar o desenvolvimento econômico e social. Em 1892, do ramal ferroviário de Santa Cruz. Com isto, deslanchou-se firmemente um processo de urbanização que levou ao desenvolvimento da Vila Aliança, Vila Kennedy no bairro de Bangu, Padre Miguel e Senador Camará.

Vila Aliança em Bangu nasceram assim.

A Vila Aliança recebeu os moradores do Morro do Pasmado, no bairro de Botafogo, os moradores da extinta favela do esqueleto, onde foi erguida a Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, no bairro do Maracanã, e uma pequena parte da Ladeira dos Tabajara no bairro de Copacabana .

NA VILA ALIANÇA

Na Vila Aliança, os nomes das ruas são nomes de profissões, em homenagem ao trabalhador brasileiro.

NO SAMBA

O bairro é berço Do bloco carnavalesco G.R.B.C.Boêmios de Vila Aliança que já chegou a desfilar no grupo de acesso do carnaval.

A escola sempre vinha disputando na categoria bloco carnavalesco obtendo boas classificações. se inscreveu-se na AESCRJ para disputar o grupo de acesso desfile angus anos no acesso. Infelizmente o Boêmio Da Vila Aliança acabou depois de uma administração (do último presidente) terrível, que dilapidou o patrimônio do Boêmio. tentaram voltar com o Boêmio, mas pela dívida é o desfalque que a última administração deixou junto a Liesa, certamente decreta o fim perpétuo do Boêmio Da Vila Aliança. 2011 O Recomeço Hoje em dia o Boêmio volto a ser um bloco carnavalesco que só desfila nas ruas do seu bairro Vila Aliança em Bangu, sonhado a volta ser grande novamente para ir desfila na Av. Rio Branco.

No início do ano a Vila Aliança na Zona Oeste do Rio de Janeiro, completa mais um ano de fundação. A data oficial de seu nascimento é o dia 07 de janeiro de 1961.

Porém, a história desse lugar remonta a um tempo ainda mais antigo.

A Vila Aliança, surge com processo de remoção de Favelas de Regiões da Cidade do Rio de Janeiro, para regiões mais afastadas da cidade assim criando os bairros das Áreas mais periféricas do Rio.

No caso os moradores da Vila Aliança vieram do Morro do Pasmado (Botafogo), Morro do Pinto (Santo Cristo) e da Favela do Esqueleto (onde hoje se localiza a UERJ). Nesse processo, foram criadas a Vila Aliança e a Vila Kennedy, ambas no bairro de Bangu.

Esses conjuntos habitacionais foram parte do projeto chamado “Aliança para o Progresso”, desenvolvido pelo presidente norte-americano John Kennedy em parceria com outros países. A alegação era se tratar de um apoio internacional para a melhoria de vida das populações mais pobres.

Contudo, sabemos que havia outros interesses por trás desse dito gesto de caridade: além do processo de gentrificação das áreas nobres da cidade, o presidente dos EUA estava receoso com a ameaça comunista que se espalhava pela América Latina, sobretudo após a Revolução Cubana de 1959. Não é à toa que a Vila Kennedy ganhou uma réplica da Estátua da Liberdade, além do nome do presidente, como uma forma de “divinização” do modelo capitalista americano.

Presente de abandono

Hoje, a Vila Aliança é conhecida apenas pelas notícias ruins: tráfico de drogas, operações policiais e descaso geral nos serviços públicos por parte dos governantes. Apesar disso, a história da comunidade sempre foi de resistência e luta, antes e depois de sua criação. Antes de virar bairro, a área era um grande terreno que pertencia aos donos da Fábrica Bangu. Ela foi planejada para receber os trabalhadores deslocados. À medida que a população foi crescendo, os serviços públicos não receberam os devidos investimentos.

Os moradores mais antigos ainda lembram de como se deram os enfrentamentos para o surgimento do bairro e as lutas seguintes. Muitos afirmam que os donos da fábrica buscavam comprar as lideranças religiosas para que estes não permitissem que os moradores fossem ocupando as outras ruas da Vila. Porém, aqueles que já tinham sido deslocados conheciam na pele a dor de serem expulsos de seu lar, construído com tanto esforço.

Além de seus ocupantes, que sempre foram batalhadores, a Vila contava com grandes expressões artísticas locais, como, por exemplo, a Festa Junina Frevo Mulher e os Blacotas, além do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Boêmios de Vila Aliança. Ja teve time campeão na Taça das Favelas.

Todo o bairro de Vila Aliança é a história viva da luta dos trabalhadores. Por isso é tão simbólico para os moradores o fato de que as ruas centrais possuem nomes de profissões, como as ruas do Farmacêutico, do Alfaiate, do Florista, do Granjeiro, do Eletricista, do Mensageiro, entre outras.

Hoje, a comunidade se encontra abandonada pelos governantes, como a maioria dos bairros operários e favelas do Rio de Janeiro.

É muito importante resgatar as histórias de luta dessa gente guerreira, aprender com o passo e nos organizarmos para construir uma vida mais digna para esse povo tão forte, alegre e trabalhador.  

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Casino Bangu

Fundado em 1892, foi sede da antiga Sociedade Musical Progresso de Bangu e esteve abrigado em edifício construído pela fábrica na Rua Ferrer n° 127 – atual Rua Cônego de Vasconcelos. Em 1929, uma briga judicial devolveu o imóvel à fábrica, e o Casino acabou fixando sua sede na Rua Fonseca, n° 534, onde permanece até os dias atuais.

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A História do Bangu Atlético Club

A história do Bangu Atlético Clube começa realmente em fins do século XIX. Dentro da Fábrica Bangu, técnicos ingleses, recém chegados, falaram do futebol. Os filhos da terra ficaram empolgados com a narrativa dos bretões, sobre a nova modalidade desportiva. Das conversações, nasceu a ideia de fazer-se um “field”. “Field” era como os ingleses denominavam o campo de futebol. Mas… e as bolas? Já havia uma trazida pelo técnico Thomas Donohoe, ou melhor, seu ‘Danau” (essa bola ao que tudo indica, foi a primeira bola de futebol da Cidade Maravilhosa).

Era da Inglaterra que vinha o equipamento industrial da Fábrica, dentro de enormes caixas de madeira. Alguém foi a Londres a serviço da Fábrica. Eis que um dia ao ser aberta, na Fábrica, uma dessas Caixas, encontrou-se bem camuflado, um pacote contendo uma bola de couro para a prática do futebol, novinha, com bomba e tudo para enchê-la e alguns pares de chuteiras.

Ao iniciar-se pois, o século XX, já se praticava o futebol em Bangu, em uma área cedida pela Companhia Progresso Industrial do Brasil e que seria, como foi, um campo provisório, localizado bem ao lado direito das salas de trabalho então existentes.

Em dezembro de 1903, retornando de um passeio que fizera a sua terra natal, a Inglaterra, o Sr. Thomas Donohoe trouxe mais duas bolas de futebol.

Sentindo o entusiasmo que despertava em todos, o novo jogo o Sr. Andrew Procter sugeriu a fundação de um “club”. Após uma reunião preparatória, na qual tomaram parte os Srs. Andrew Procter, John Starck, José Villas Boas, Thomas Donohoe, Clarence Hibbs, Willian French, Willian Procter, Martinho Dumiense, José Medeiros, José Soares, Frederich Jacques e Thomas Hellowell, quando se decidiu, definitivamente, fundar-se o “club”, dias após, precisamente a 17 de abril de 1904, na casa nº 12 da Rua Estevão (depois Rua Ferrer e hoje Av. Cônego Vasconcelos) foi, oficialmente, fundado o Bangu Atlético Clube, com a presença dos Senhores. Andrew Procter, Clarence Hibbs, Frederich Jacques, John Starck, José Soares, Segundo Maffeu, Thomas Hellowell, William French, William Hellowell e William Procter.

Deixaram de constar na Ata de fundação os nomes de Thomas Donohoe, José Villas Boas e James Hartley. Acreditamos, todavia, que os referidos senhores terão deixado de assiná-la por algum lapso ou porque motivo relevante os tenha impedido de comparecer a essa histórica reunião. Cremos que por justiça, deverão eles serem considerados como fundadores do Bangu Atlético Clube. Seus nomes figuram, aliás, como Vice-Presidente e Membros do Conselho Fiscal da Diretoria então eleita.

Ata da fundação do clube (de acordo com o texto original)

Aos 17 de abril de 1904, na casa nº 12 da Rua Estevão, com a presença dos seguintes Senhores: John Starck, Fred Jacques, Clarence Hibbs, Thomas Hellowell, José Soares, William Procter, William Hellowell, William French, Segundo Maffeu e Andrew Procter, fundou-se um Club Athletic sob a denominação de “BANGU ATHLETIC CLUB”.

Foi convidado de presidir o meeting Sr. John Starck, servindo de Secretário o Sr. Andrew Procter. O Presidente expôs os fins do Club que serão os jogos de “Foot-ball”, “Cricket”, “Lawn Tennis” e outros jogos variados.

Foi proposta pelo Sr. Jacques que a entrada de sócios seja de $2000 e que a mensalidade é de $1000 pagável no dia 1º de cada mês que foi adotado unanimemente. Foi decidido que as cores serão branca e encarnado e o Sr. Stack foi convidado de falar com o Diretor da Fábrica, afim de arranjar o pano necessário para fazer o fardamento do Club. Foram eleitos para servirem na Diretoria para o primeiro ano os seguintes Senhores: Presidente Honorário João Ferrer Presidente William French Vice Presidente Thomas Donohoe Secretário e Tesoureiro. Andrew Procter Conselho Fiscal José Villas Boas, James Hartley e José Soares Cap of “Foot-ball” John Starck Cap of “Cricket” Thomas Hellowell Cap of “Lawn Tennis” Fred Jacques

Ficou resolvido que será jogado um match entre os teams do Capitain e Secretario, no domingo dia 24 deste mês. Jogo para principiar às 4 horas da tarde.

O Secretário foi autorizado de anunciar a formação do Club nos jornais e também anunciar na Fábrica, convidando os rapazes de entrar como sócios. Quem quiser dará o seu nome ao Secretário. Foi convocado para domingo 24 uma nova reunião da Diretoria afim de tratar dos assuntos do Club.

Não havendo mais nada de tratar foi dissolvida a assembléia na maior harmonia. (a) – John Starck – José Soares – Fred Jacques – Thomas Hellowell e Andrew Procter.

17 de Abril de 1904

Fonte: Revista Bangu e Suas Glórias – Ano I – novembro de 1981

A “cancha encantada da Rua Ferrer”, como dizia o locutor Ary Barroso foi feita em linha paralela ao terreno da Fábrica Bangu pelo Diretor-Gerente da Companhia e Presidente Honorário do Bangu, João Ferrer, em tempo recorde para que o Bangu pudesse participar do 1º Campeonato Carioca de futebol, pois antes o clube jogava em uma área dentro da Fábrica.

A estréia ocorreu no dia 13 de maio de 1906, com o jogo amistoso Bangu 2 x 0 Riachuelo. Uma semana depois, o Bangu estaria jogando oficialmente contra o Football and Athletic pelo Campeonato Carioca.

As arquibancadas da Rua Ferrer sofreram um incêndio em 1936, antes de uma partida entre Bangu e Madureira, que não chegou a acontecer. E foi reconstruída para o ano seguinte, sendo reinaugurada em 23 de maio de 1937. Na rua Ferrer, atrás do campo, ficava a sede social do Bangu, o famoso Pavilhão.

O campo durou até 1943, a partir de 1944 foram proibidas partidas lá. A Fábrica iria vender a área onde ficava o campo (bem no centro de Bangu e portanto, com alto valor comercial). Construiu-se um novo campo (o de Moça Bonita, inaugurado em 1947). Mas, o maravilhoso gramado da Rua Ferrer (com grama inglesa), as luxuosas arquibancadas de madeira e todas as confusões que os apaixonados torcedores faziam ali, isto ficou. Principalmente nas lembranças de quem lá esteve.

Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho

As expectativas otimista do Dr. Silveirinha no início das obras no campo de Moça Bonita, em 1945, não se realizaram. Prometia ele, que já em 1946, o time poderia jogar no novo estádio. Porém, como acontece nas grandes obras, o prazo passou e a inauguração acabou ficando para 1947. Mais uma vez, e isso desde 1944, o Bangu tinha que atuar longe de sua torcida. Grande parte da força do Bangu vem do seu mando de campo. Jogar no campo da Rua Ferrer era um martírio para os adversários, próximo àquelas arquibancadas luxuosas, bem trabalhadas em ferro e madeira, o alvirrubro era mais forte que qualquer adversário.

Na saudosa Rua Ferrer de tantas partidas legendárias e de confusões memoráveis, o Bangu fez sua história nos primeiros 40 anos de sua vida. Agora, teríamos uma nova casa, moderna, segura, ampla e que atendia todas as exigências dos grandes jogos de futebol que vínhamos tendo. E precisávamos fazer do novo estádio de Moça Bonita, o que a Rua Ferrer representou, um motivo de orgulho para nossos jogadores e um local onde a torcida fizesse valer o seu amor ao clube.

Atuando fora de casa em todos os jogos, o clube fez campanha razoável nos dois campeonatos que eram disputados nesta época: o Torneio Municipal e o Campeonato Carioca. Em Bangu todos sabiam que um desejo do Dr. Silveirinha era que após a construção do campo, fosse montada uma grande equipe para pisar naquele gramado. Então faltava pouco para termos outros esquadrão, como aquele que encantou a cidade na década de 30.

Durante o ano de 1946, as obras para a conclusão do novo estádio do Bangu continuaram a todo vapor. Os sem-estádio. Jogadores do Bangu na temporada de 1946 sofreram por não poderem jogar próximo à torcida.

Bangu Atlético Clube

Fundado em 1904, o clube foi campeão do primeiro campeonato disputado por equipes profissionais de futebol em 1933, campeão Carioca de 1966, vice-campeão Brasileiro em 1985 e Campeão Mundial de 1960. Mas sua história começa bem antes, no final do século XIX, quando britânicos que trabalhavam na Fábrica Bangu despertaram o interesse dos locais com a narrativa sobre uma modalidade desportiva até então desconhecida. Com bolas trazidas da Inglaterra junto com o equipamento industrial, os jogadores que correram pelo campo provisório montado pela fábrica e depois fundaram o clube são considerados precursores da história do futebol no Brasil.

O Bangu foi o primeiro clube do mundo a dar a volta olímpica no Maracanã.

Batendo o Vasco na final do Torneio Início, o torneio que sempre acontecia antes do início do Campeonato Carioca, por isso este nome.

Na foto Zizinho, o então melhor jogador do mundo com a taça.

Bangu, o primeiro clube a ser campeão no gramado do Maracanã.

Torneio Início, o primeiro torneio da história do Maracanã entre clubes. Lá estavam todos os times do Campeonato Carioca daquele ano.

O Bangu venceu o Vasco por 3 a 2 na final, o que fez do Bangu o primeiro campeão do estádio, e o Vasco o primeiro vice.

Ficha Técnica: Domingo, 30 de julho de 1950. Bangu 3 x 2 Vasco Competição: Torneio Início (Final)

Local: Maracanã (RJ) Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro Público: 46.359

Fundado em 1892, foi sede da antiga Sociedade Musical Progresso de Bangu e esteve abrigado em edifício construído pela fábrica na Rua Ferrer n° 127 – atual Rua Cônego de Vasconcelos.

Em 1929, uma briga judicial devolveu o imóvel à fábrica, e o Casino acabou fixando sua sede na Rua Fonseca, n° 534, onde permanece até os dias atuais.

Ano que vem a Fábrica Bangu e o Bangu AC completam 130 anos em 2019

No dia 6 de fevereiro de 1889 era fundada a Fábrica Bangu, essa data é simbólica, pois considero que o Bangu Atlético Clube nasceu nesta data também.

Assim como a Fábrica Bangu teve sua inauguração em 8 de março de 1893, o Bangu AC só foi oficializado em 17 de abril de 1904.

Mas tanto o clube quanto a fábrica já existiam de fato desde 1889.

Os dois são uma coisa só, por muitos anos o Bangu ainda carregou a logomarca da fábrica no peito. Isso tira qualquer dúvida!

Peço que o clube, o shopping, e a comunidade banguense como um todo não deixe essa data passar em branco no ano que vem, faltam poucos meses para os 130 anos do nosso clube e fábrica!

Emblema do antigo mascote do Bangu, o operário.

O primeiro mascote do Bangu foi o operário, sempre simbolizado por um homem segurando alguma ferramenta, depois do operário tivemos a Miss Bangu, mas sem apelo.

Nos anos 1950 nosso símbolo passou a ser o Milionário uma alusão a Dr Silveirinha, por fim o Castor de Andrade coloca o Castorzinho na camisa e consagra o atual mascote.

 

Avenida Cônego de Vasconcelos, 549 – Bangu
https://www.bangu-ac.com.br/

Fundado em 1904, o clube foi campeão do primeiro campeonato disputado por equipes profissionais de futebol em 1933, campeão Carioca de 1966, vice-campeão Brasileiro em 1985 e Campeão Mundial de 1960. Mas sua história começa bem antes, no final do século XIX, quando britânicos que trabalhavam na Fábrica Bangu despertaram o interesse dos locais com a narrativa sobre uma modalidade desportiva até então desconhecida. Com bolas trazidas da Inglaterra junto com o equipamento industrial, os jogadores que correram pelo campo provisório montado pela fábrica e depois fundaram o clube são considerados precursores da história do futebol no Brasil.

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BR-101 vai de Norte a Sul do Pais

A BR-101 é uma rodovia longitudinal brasileira que tem início no município de Touros, no estado do Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul. A BR é um dos principais eixos rodoviários do país com 4.650 km de extensão.

começou a ser Construída em 1950 e passa por doze estados através do litoral brasileiro.          Um dos Trechos e Urbano é compreendido pela Avenida Brasil com 58 km e corta 26 bairros da cidade do Rio. só no Estado do Rio de Janeiro a  BR tem cerca de 599 km de extensão, ela vai da divisa com o ES ao norte e na Divisa com SP ao Sul. É a mais extensa rodovia federal dentro do estado do Rio de Janeiro.